terça-feira, 5 de setembro de 2017

Discernimento e Pecado


O pecado é iniquidade (I João 3:4)

 Pecado é transgressão da lei, é um ato mental ou físico, mas sua essência é a rebelião contra a ordem e a vontade de Deus. Nunca podemos minimizar o significado da gravidade do pecado. Devemos olhar sob uma ótica certa: a expiação que Cristo realizou na cruz do Calvário.  A Gravidade do pecado é penalidade da cruz, por isso quanto mais correta for nossa compreensão da gravidade do pecado, mais compreenderemos a seriedade da expiação, e quanto mais compreendemos a seriedade da cruz, mas compreenderemos a seriedade do pecado. Essa é a norma básica do discernimento sobre a natureza e os efeitos de pecado: a Cruz. O pecado não consiste em errar a direção, tal coisa é supérflua. Pode explicar alguma coisa sobre a natureza do pecado, mas não a profundidade da sua gravidade. Só o sacrifício cruente de Cristo, naquele madeiro maldito pode abrir nosso coração para uma compreensão mais séria sobre o pecado. Mias do que errar o alvo, pecar é erra em todas as direções. é quebrar um elo que prende a harmonia santa da lei de Deus, é uma anomalia. Quando somos tentado a pecar, isso pode ser obra de um demônio, mas quando pecamos, podemos possuir toda a natureza antiética de um deles. Essa é a descrição de Peter Kreeft,  No livro "Como Vencer a Guerra Cultural" Kreeft  argumenta : "Há um pesadelo ainda mais terrível do que ser perseguido pelo demônio ou do que ser capturado pelo demônio ou ainda do que ser torturado pelo demônio. Este pesadelo é o tornar-se um demônio. O horror que está fora da sua alma já ´suficientemente terrível, mas não é tão terrível quanto o horror que está dentro dela"
 O problema da sedução ao pecado, é que a natureza da tentação é prazerosa, há uma certa sublimidade sutil no pecado. Nossos instintos e paixões possuem uma força de vontade fora do comum. Isso é próprio da natureza do homem adâmico. A concupiscência dos olhos, da carne e a soberba da vida. Essas coisas funcionam com força dentro do nosso amago. São potencias geradoras de iniquidades, ao contrario da santidade que pela obediência aos mandamentos nos coloca mais próximos em natureza moral e espiritual com Cristo, a anomalia produzida pela iniquidade nos torna mais parecidos com demônios. é uma guerra interior e espiritual, e cada homem sempre acaba se inclinando para um desses dois lados. C. C. Lewis certa vez disse: "Não há terreno neutro no universo, cada metro quadrado e cada fração de segundo é reivindicado por Cristo ou por Satanás."
 A natureza maligna do pecado é encantada na sua aparência e disforme na sua essência, é rotulo dourado com conteúdo venenoso. Essa é a estrategia do maligno, a natureza do pecado é extremamente mortal e extremamente prazerosa. As pessoas pecam em êxtase de delicias, para depois dessa suave ilusão, serem seduzidas até os confins da perdição eterna, quando não mais haverá como remediar uma situação irreversível: a condenação eterna. Por isso mesmo o pecado se reveste com vestes sedutoras,  é necessário que se tenha uma visão correta da gravidade do pecado, para não sermos seduzidos por seus enganos. E nesse caso, não devemos nos conformar com esse seculo e renovar o nosso entendimento. (Romanos 12:1 e 2). O conhecimento espiritual perfeito (A bíblia chama de Epignosis no original) é termos uma compreensão clara da obra perfeita de Cristo na cruz. Porque a cruz é o tratamento divino do pecado humano. É por esse angulo que entenderemos a força destruidora por trás da cruz, a hora e o poder das trevas estavam naquela cena devastadora, onde o Filho de Deus suportou por causa de nossas almas. Esse entendimento só pode ser possível, quando nosso pensamento está cativo a vontade de Deus, uma mente carnal não pode compreender isso. T. Austin Sparks certa vez escreveu "A mente carnal e a mente natural são terrenos de satanás".  Uma consciência cativa a Cristo é fundamental para termos uma noção clara da gravidade nefasta da natureza do pecado. Assim teremos o discernimento espiritual para compreendermos a natureza extremamente maligna do pecado.

CLAVIO J. JACINTO

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