Ziziphus Spina Christi
Perfurado a vida
dolorosa desse mundo pobre
Cheio de rebeldes
almas num vale de sombras angustias
Desce em degraus de
tormentos, um santo
No paladar do amargo
fel, Ele bebe
De todas as taças onde
escoam nossas escórias.
Fardo a fronte de quem
pregava o amor
Do rosto que
sustentava a visão de todas as
misericórdias
Do berço a estrebaria,
o feno e a palha fria
Uma coroa de opróbrio
esfacelava a honra
A semente da injuria
cravada na região frontal
Agulhas ímpias cravadas
na carne
Imergem num batismo de
violentas aflições
No rebaixamento de Rei
eterno a mortal flagelado
Na face inundada de
saliva de seus carrascos
Levou consigo, meu
atroz silencio e meus gritos vorazes
Rasgada a noite de
todas as trevas
Oceano de escuridão
que cobre tão insana infâmia
Uma coroa cravada em
meu Rei
Consome toda a honra e
devasta todo o respeito
Era eu quem devia
estar lá.
Que cena cruel naquele
tormento Calvário
As rosas se
envergonham, por causa de seus espinhos
Num réu inocente,
cravaram uma brutal coroa
Em honra de quem ia
conquistar o império da morte
Depois de três dias,
no repouso de uma brutal batalha
Os espinhos cruéis
como rudes fios de navalhas
Um ardor da alma que a
paixão derramou
Foi o Rei da nossa
vergonha ao silencio do tumulo da terra
Depois das trevas a
aurora eterna iluminou
Coroa de honra, pra ELE,
que do pecado venceu a feroz guerra
Clavio J. Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário