“As profecias referentes ao Reino de Deus, conforme agora interpretadas pela grande maioria dos cristãos, proporcionam o mais forte ataque dos incrédulos contra o cristianismo.
Infelizmente, os incrédulos muitas vezes estão logicamente corretos. Por exemplo, eles apontam insistentemente para as previsões relativas ao Filho de Davi mostrando que, se a linguagem tem algum sentido legítimo e as palavras são adequadas para expressar ideias, então essas previsões falam inequivocamente da restauração do trono e do reino de Davi, etc. Em seguida, declaram triunfantemente que isso não se cumpriu (assim afirmam Strauss, Baur, Renan, Parker, etc.).
Eles zombam da expectativa dos judeus, de Simeão, da pregação de João, de Jesus e dos discípulos, da expectativa da igreja antiga e concluem depressa, baseados na presente fé da igreja (com exceção apenas de alguns), que nunca serão cumpridas e que, por conseguinte, as profecias, o fundamento sobre o qual repousa a superestrutura [do cristianismo], são falsas e meras criações humanas.
O modo como [os cristãos] respondem a tais objeções é humilhante para a Palavra e para razão, pois descarta o sentido gramatical simples tendo-o como não confiável e, para salvar a credibilidade da Palavra, insiste em interpretar todas as profecias, sob a alegação de serem espirituais, num sentido que não está contido na língua, mas que se adequa ao sistema religioso adotado.
A incredulidade não demora para perceber a vantagem que assim lhe é dada e, alegremente, mostra como essa mudança faz com que a antiga fé seja tida como ignorante, a igreja primitiva ocupe uma falsa posição e a Bíblia seja vista como um livro ao qual o homem, usando o rótulo de espiritual, pode atribuir qualquer sentido que seja considerado necessário para a sua defesa.”
- George N. H. Peters / The Theocratic Kingdom
Créditos:
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