Vem alma fiel, beija o chão duro da dor
As chuvas do martírio tem águas profundas
Como mil sóis ensanguentados no entardecer
Quando choras as nuvens desses prantos
A vara de Aarão que açoita as adversidades
La estão as fieis almas no seio da tribulação
Vem e tinge o solo puro da cruel morte
Espetáculo cru aos olhos cruéis dos desumanos
Onde os incréus desfrutam da dor alheia
A vaidade do mundo é noiva da intolerância
A navalha que corta a vida é uma rosa de aço
Que tinge o cenário inóspito da crueldade
Vem com vestes femininas, cantando
Aquela doçura materna que suporta a dor
Com o mel de amor que sustenta a paciência
Até que a escuridão cante com a turba vã
Porque a inconformidade quebra o vil tédio
Na prece ultima que consagra a santa aflição
Vem, em perolas de açúcar e pepitas de amarguras
Duas damas vestidas de cruz, em tão sacro silencio
Numa entrega sublime ao caminho do sacrifício
Em forte conduta, mostrando a alma da fidelidade
Lá vão elas, na rua da vida em prantos sorridentes
Para o sagrado martírio, Perpétua e Felicidade
Clavio J. Jacinto
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