sábado, 2 de julho de 2016

As Névoas do Amanhecer



As nevoas escondem o céu
Pintam o amanhecer de tristeza
Os  pássaros não cantam
As frases adormecem no silencio

O jugo da dor é tão frio
Cortes na alma suspensa
Espinhos de flores desterradas
No vale de bronze do sofrimento

Como são turvas as aguas do oceano
Parecem a alma do gelo
Um suspiro e dois lamentos
A vida segue seu destino

Nós que cremos na esperança bendita
Riscamos folhas de capim limão
Moemos os cravos e os pregos
As lagrimas irrigam o orvalho

Porque o homem nasceu no mundo
Para viver feliz e sofrer
O sofrimento é o tributo que pagamos
Para viver num mundo de pecado


Clavio J. Jacinto




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