Jesus ao ensinar a oração modelo, nos revela o caminho da
intimidade com Deus. “Pai nosso que estias no céu...”. Os judeus não estavam familiarizados com
essa terminologia. Cristo revela que Deus é Pai, e no progresso da revelação da
nova aliança, esse conceito ganha amplitude. (Veja Marcos 14:36, Romanos 8:15 e
Galatas 4:6). Pai é mais do que uma pessoa, no sentido de família, significa
progenitor, protetor, amigo, intimo, etc. É dessa forma que o relacionamento
com Deus ganha plenitude na vida espiritual. Não há relacionamento superficial
nessa direção. Um pai não pode estar distante, mas como nas coisas espirituais,
a o filho se aparta da casa do pai(A parábola do filho prodigo) o
relacionamento espiritual com Deus ganha equilíbrio quando esse relacionamento
parte de nosso interesse em buscar
aquele que pode ser achado e invocar aquele que está perto. A fé e o novo nascimento processa no homem
redimido a filiação com Deus (João 1:12). Assim, partimos para o relacionamento
intimo com o Senhor, porque Ele é Pai e nós somos filhos. O caminho da intimidade é o caminho da
comunhão. A vida ganha sentido, a espiritualidade torna-se real, porque há uma
comunhão plena com Deus Pai, e nessa comunhão temos nossa vontade rendida a
vontade do Senhor. “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu...”
Não há espaço para um egoismo humano no relacionamento com Deus. Nossa vontade
precisa estar reajustada com a vontade do Todo-Poderoso. Tal vida não é uma
vida simples, é uma vida elevada, uma vida espiritual plena das mais ricas
experiencias espirituais. Deus é Pai, nós somos filhos, e nesse laço de família
espiritual um está unido ao outro pelo espirito. A grande obra do Espirito
Santo é fazer com que isso torne-se uma realidade constante em nossa vida. Nem
sempre praticamos essa verdade, de relacionar-se com Deus como um Papai
protetor, um líder educador e uma suprema autoridade que rege a nossa vida e
nos disciplina. As vezes a vida cristã se encaixa em um sistema de liturgias
frias e doutrinas mortas. Não há um
relacionamento verdadeiro, não há principio de vida espiritual. Que o Senhor nos
abra os olhos, e que possamos ver a vida cristã como ela de fato é, porque o nosso relacionamento com Deus como Pai, é o que
sustenta de toda a vida cristã autentica.
Clavio J. Jacinto
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