Espirito do Erro (I João 1:6)
Um espirito do erro ameaçava a comunidade cristã primitiva.
Era um espirito que não procedia de dentro de Deus. Este espirito de
falsificações estava vinculado aos falsos profetas, era um espirito anticristão
associado ao erro. A Igreja cristã foi impulsionada a organizar os textos
ortodoxos autorizados e canônicos, por causa da contaminação espiritual
provocada e promovida por esse espirito do erro. “Muitos falsos profetas tem
se levantado pelo mundo...” Havia uma negação publica da encarnação do Verbo, a
divindade de Cristo a ressurreição e obra redentora estava sob ameaça. O
espirito do erro trabalhava de forma invisível para enganar, adulterava a
mensagem e a obra de Cristo, opondo-se a sã doutrina apostólica. A natureza de
um ensino espiritual revela sempre a procedência dele. Agencias espirituais
malignas atacaram os fundamentos da fé cristã já nos primórdios para corromper
a mensagem da salvação. A convocação de Cristo, o Senhor era para que o homem
esteja atento a palavra de Deus (João 8:14) as escrituras testificam que a
Palavra de Deus é a verdade e que o Espirito Santo que inspirou as escrituras,
também é a verdade (João 17:17 e I João 5:6) a ação do espirito do erro era perverter o sentido exato da doutrina do
Verbo, para em seguida corromper toda a mensagem da redenção. Ora, se os
fundamentos forem corrompidos, os justos não podem prevalecer em uma sociedade
pecadora. O espirito do erro, atuava(e ainda atua) de forma completamente oculta.
Já nos tempos primevos, era assim. Esse espirito anticristão se infiltrou no
cristianismo, grande parte das epístolas do Novo Testamento e grande parte dos
escritos pós apostólicos tinham teor apologético por causa dessa infiltração
perversa. Havia uma batalha pela fé que uma vez foi dada aos santos, um
confronto incessante contra as hostes do engano.
Uma das características principais do espirito do erro era
opor-se a natureza de Cristo sem necessariamente opor-se ao nome de Cristo ou a
historicidade dele. Negava-se a encarnação porque insistiam que a carne era inerentemente
má, não poderia Deus tornar-se homem, isso seria um escândalo para a mente
secular inquiridora do filosofo ou para os religiosos crentes numa divindade
distante cuja natureza espiritual o tornaria impossível uma encarnação divina.
O espirito do erro se apoderou desse espaço para operar, porque sabia que se
fosse comprometida a doutrina da encarnação do Verbo, o verdadeiro sentido da
expiação pela morte na cruz e da posterior ressurreição seriam adulterados (Veja I
Corintios 15:14). Assim o espirito do erro penetrou no nosso mundo, sem deixar
de acreditar no nome de Cristo, negava a natureza e a verdade da encarnação do
Verbo, e com isso adulterava a doutrina da expiação e a ressurreição corporal.
Vimos como os sistemas espiritualistas de nosso tempo, embora façam o uso do
nome de Cristo, negam a natureza divina de Cristo, negam a encarnação do Verbo como modelo
perfeito do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.(João 1:29)
O espirito do erro, tem o intento de opor-se a sã doutrina, opor-se
aos desígnios divinos, esse espirito de engano promove idéias contrarias ao
plano da redenção. É um sistema de enganação que opõe-se ao plano salvação
revelado nos evangelhos. É um sistema de negação, nega a encarnação de Cristo,
nega a morte expiatória na cruz, nega a triunidade de Deus, nega a ressurreição
literal de Cristo, nega a autoridade apostólica do Novo Testamento, e por fim
nega a segunda vinda de Cristo triunfante, nossa bendita esperança. O espirito
do erro, luta para perverter a doutrina da redenção, promove o erro para
neutralizar no coração do homem, o poder da expiação pelo sangue de Cristo,
enfim os efeitos do sangue imaculado de Cristo que foi derramado para a
purificação de nossos pecados.
Esse espírito do erro atua hoje, promovendo confusão e
opondo-se com todas as forças, ataca os fundamentos da fé cristã, e de forma
sorrateira se infiltra na igreja moderna.
Nossos púlpitos estão vazios de mensagens que falam sobre a
cruz, arrependimento, expiação pelo sangue. Tudo isso é minimizado, como sendo
mensagens arcaicas e destituídas de valor. Não se fala mais sobre a expiação
pelo sangue de Cristo, sobre a terrível
maldição da morte da cruz por causa das abominações de nossos pecados. A
redenção do crucificado Verbo encarnado é ignorada e substituída por mensagens
psicológicas, humanistas, de auto-ajuda. Os púlpitos das igrejas modernas
derrubaram a doutrina da cruz e construíram um altar para o ego humano. Ou
seja, o espirito do erro obscureceu a mensagem da cruz. Não é de admirar que
muitos que se dizem evangélicos hoje, não sabem nada sobre novo nascimento,
expiação pelo sangue de Cristo e arrependimento de seus pecados? A igreja
moderna está dominada e controlada pelo espirito do erro. Sim meus diletos
leitores, o que vimos e ouvimos hoje? Psicologia cristianizada, mensagens
motivacionais, triunfalismo materialista e corrupção moral extrema. A mensagem
da cruz não é mais amada. Cristo não é mais o centro. O espirito do erro
usurpou o lugar de Cristo. Agora as pessoas recorrem a igreja para ouvir
pregadores e cantores profissionais e carnais que pregam o que o pecador gosta
de ouvir. Não há mais agonizantes, que confrontados pela mensagem da cruz se
desesperam por causa da condição de
pecadores terrivelmente perdidos. A
mensagem da redenção pela cruz está fora de moda, o espirito do erro predomina,
a culto virou paródia, só o evangelho contem mensagem séria.
Esse espirito de perversão espiritual atua da mesma forma como a adultera de Provérbios 7:27: “Assim, o seduziu com
palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas de seus lábios”. É isso que
você ouve dos pregadores modernos? Palavras suaves e lisonjas? Não é isso o que
ouvimos hoje? Essa é a mensagem própria dos mensageiros envolvidos prostituição
espiritual promovido pelo espirito do erro, que atua nessa era de extrema
apostasia.
Aqui está um modelo fiel do engano que atua em nossos
tempos, para enganar aqueles que não suportam ouvir sobre a cruz de Cristo e
sobre o Cristo crucificado, e do porque da Cruz e da morte de Cristo na cruz.
Quando deixamos de pregar a verdade com ousadia e fervor,
com uma forte convicção e compromisso com o evangelho, sem interesses pessoais
e conveniências, então não mais veremos homens rendidos e consagrados
unicamente a Cristo, transformados pelo evangelho e pela mensagem da Cruz, para
viverem a fé santíssima em um mundo onde se trava uma batalha de resultados
eternos.
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