Veio chorando a minha alma faminta
Torturada pela vida sem significado
Procurando o pão que a fome saciasse
Entre as pedras sujas desse vil mundo
Em triste lamento e terrivelmente assustada
Minha alma faminta veio ao mundo clamar
Como uma criança órfão sem berço e beijos
Secando-se no relento do ermo sem orvalho
Tais gritos da minha alma, quem acode?
No desconsolo da fome tão agonizante
Se meu opróbrio, ser faminto do pão
As palhas da vida não me dão consolação
Alma faminta, nessa trilha em vã ânsias
Insaciável e doente, olha pra rude cruz
Donde derramou-se a vida mais santa e pura
Na dor do imaculado cordeiro, fez-se pão na dor
Vai alma em alegrias, mata esta voraz fome
Das terríveis agonias, sacia-te com pão divino
Vai, e recebe da glória depois do Calvário
Que deu ao pobre coração, o mais doce maná
Do pão eterno e de suave doce sabor
Que ao homem faminto, sacia até o intimo
Em tão bendito pão que da cruz triturado
Deu á minha alma consolo, estou saciado...
Clavio J. Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário