quarta-feira, 19 de abril de 2017

Os Perigos da Fé Superficial

     
       

Todo aquele que professa fé cristã e vive nos últimos dias, corre o risco de ser fatalmente enganado pelos demônios e por falsos profetas. A experiência de que venho tendo nesses últimos anos prova essa minha visão. Sem um cuidado e um zelo pela verdade, satanás terá as condições suficientes para acorrentar espiritualmente e cegar aqueles que não desejam amar a verdade.  Um dos sinais mais convincentes de que essa geração é superficial,  é que mesmo professando a fé cristã, ela não está sujeita aos mandamentos e princípios de Deus, não aceita as regras da vida cristã, ama o mundo e as coisas do mundo e odeia qualquer tipo de doutrina que possa desmascara seus gostos pelos pecados que ainda sustenta dentro de si.
Estejamos cientes disso. Quase sempre e em todos os lados vimos como essa nova geração de pregadores desenvolveu um evangelho sutil que consegue proclamar um Cristo sem a mensagem da cruz e uma vida de salvação sem precisar viver uma vida de santidade. O diabo precisa de uma geração de crentes com uma fé superficial, de cristãos frouxos, que não precisam  de uma cruz, que não precisam de um negar-se  a si mesmos, para enganar o mundo cego e provar muito breve ao mundo que o cristianismo é uma religião falida. Pois se os escândalos e vida de duplicidade que os mornos vivem, denuncia que professa uma fé espiritual vivendo na carnalidade, contrapõe-se as evidencias de que o evangelho transforma uma alma mundana em uma alma devota. Perdeu-se o instinto de peregrinação, o cristão moderno deseja somente que suas opiniões sejam aceitas e que seu estilo de servir a Deus seja verdadeiro de acordo com a sua própria maneira. A maneira como vimos a cristandade sendo vitima dos enganadores, sendo presa fácil de toda espécie de engano que é projetado dentro da própria religião modernista apostata,  coincide muito bem com essa tese.
Em recente debate com certo amigo. Comentei sobre o fato de a arte da retórica, a técnica de persuasão e outros meios de argumentar e projetar idéias nos púlpitos modernos substituiu aquela metodologia verídica e autentica de pregar o evangelho com unção e poder, de forma simples eficiente que marcaram toda uma geração de cristãos no passado. A superficialidade é um perigo, pois com uma fé rasa, o cristão perde o seu senso critico e por esse motivo também perde o discernimento espiritual.
Jesus denuncia a formalidade e a superficialidade em Mateus 7:21 a 29.  Mensagens superficiais e dotadas de diluição com técnicas de retórica podem causar boa impressão, mas sem a unção e a presença do Espírito Santo, o que ouviremos serão belas mensagens sem poder, elas podem convencer-nos do quanto é sábio e sofisticado  o pregador é. Mas um método de retórica só faz com que pregadores sejam meros papagaios, porque a técnica será usada por todos. Como Esaú que vendeu a sua primogenitura, hoje muitos se vendem pela conveniência.  Um publico cristianizado superficialmente não quer ouvir sobre o pecado ou a mensagem da cruz. Tais temas são muito radicais, são opostos ao sentimentos agradáveis produzidos pelas suaves experiências produzidas pelo misticismo da apostasia. Um pastor Norte-americano certa vez disse com razão “Um espírito demoníaco que induz a atividade religiosa favorita, está fazendo as pessoas sentirem-se espirituais e isso ocorre pela incompreensão da Palavra de Deus”(Max Younce)
O que vimos hoje nada mais é do que a credulidade tomando o lugar da vida transformada pelo evangelho, uma vida cristã que não procede de um autentico arrependimento dos pecados é uma fraude espiritual. Sabemos que a credulidade pode ser apenas um consentimento mental, uma aceitação de um fato independente,  que não afeta a existência particular de um ser, como disse Tiago que os demônios crêem e temem (Tiago 2:19) porem a esfera de um demônio crédulo é a iniqüidade e nunca a santidade, é a anomalia e nunca o equilíbrio espiritual, a rebelião e nunca a obediência aos preceitos evangélicos. No entanto ainda um demônio pode ser um ser crédulo. Outra forma de ver como o evangelho foi deturpado, é comparar a fé cristã neotestamentaria com a fé professada pelos religiosos superficiais da cristandade. A fé moderna é uma força espiritual que manipula o poder de Deus, ou na melhor das considerações a fé é compreendida como se fosse “pensamento positivo”  quando na verdade essas considerações estão muito longe da verdade. A fé é em todas as circunstâncias dentro das mai severas adversidades, é a confiança de que Deus tem o controle de todas as coisas e que tudo coopera para o bem daqueles que crêem em Deus. A fé não um caminho para persuadir ao Senhor fazer a nossa vontade, mas pelo contrario, é prostrar-se diante da vontade de Deus e dizer: “Eis me aqui Senhor, não importa o que terei que sofrer, seja feita a tua vontade”
Paulo chama os cristãos ao auto-exame (II Coríntios 13:5) e é tempo de avaliar nossa fé, ela é radical? Ela confronta os valores mundanos? Ela opõe-se ao presente século? Ela não esta conformada com este mundo? Vivemos numa sociedade cristianizada, porém, quando comparamos os padrões de uma igreja neotesmentaria ou quando comparamos o estilo e os atributos de um cristão transformado pelo evangelho, com o sistema vigente hoje, essas estruturas paraeclesiaticas frutos de divisões e mais divisões, quando vimos a proliferação de apóstolos do erro e pregadores manipuladores, quando vimos tanto engano e tanta corrupção, tanta confusão doutrinaria e tantos desvios da ortodoxia, chegaremos a conclusões nada agradáveis.
A cristandade moderna está longe do cristianismo bíblico
Não vivemos um avivamento mas uma  apostasia deliberada
O Caminho estreito que Cristo falou esta cada vez mais vazio de peregrinos
A fé superficial sustentada por essa geração de pseudo cristãos está aliada ao mundo para financiar o império do anticristo.




Pr Clavio J. Jacinto

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