sexta-feira, 9 de junho de 2017

Balaão e o Mistério do Engano Sutil

           
              Balaão e o Mistério do Engano Sutil
                                                        Série: Artigos de Impacto

Balcão é uma das figuras mais misteriosas do antigo testamento. Podemos ler a sua história em Números (Números 22:4 a 24:25). Estudando o texto com cuidado, descobrimos que de fato Balaão era um profeta usado por Deus, ele mesmo profetizou sobre a vinda do Messias, o que percebemos é que há um processo de declínio e apostasia na vida do profeta. Pr causa das negociações feitas com o inimigo do povo de Deus, Balaque, rei de Moabe.
 Balaão por fim, levou o povo da aliança ao pecado, uma vez que na sua visão espiritual, Israel estava protegido por Deus, a única maneira de romper essa proteção era pela pratica do pecado. Foi através desse processo sutil, minar as bases da proteção e da santidade por dentro, levando os hebreus a praticarem a fornicação e a idolatria. Assim, nesse processo de destruir o povo da aliança, Balaão desenvolveu um meio de infiltração astuta, conseguiu fazer com que o juízo caísse sobre os filhos de Israel. Foi agindo dessa forma, que Balaão tornou-se o símbolo de um profeta falso e mercenário. Ainda que não conseguisse amaldiçoar o povo de Deus, desenvolveu uma estratégia sinistra. As mulheres pagãs formosas se infiltrariam entre os hebreus, seduziriam com suas artimanhas sensuais e eróticas e levariam os homens a pratica de prostituição e idolatria.
Quero me deter na técnica de Balaão, na sua astucia, pois nela encontramos lições preciosas, desde que entendamos que se perpetuou a sua estratégia demoníaca, e vamos encontrar a doutrina de Balaão na igreja de Pergamo, como lemos em Apocalipse 2:14:"entretanto, algumas coisas tenho contra ti; porque tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, introduzindo-os a comerem das coisas sacrificadas a ídolos e a se prostituírem."
É necessário percebermos que temos no texto de Apocalipse a evidencia de que a estratégia tornou-se em “doutrina”. Por isso, a igreja de Pergamo sofria com o ensino falso, assim como também a igreja de Tiatira estava tolerando o ensino falso pelo profetismo de uma Jezabel mística. Claro que dentro desse contexto simbólico, encontramos o perigo dramático da astucia, é familiar ouvirmos sobre as astutas ciladas do diabo, e que ele se transfigura em anjo de luz. Todos esse s processos, ocorrem dentro da comunidade cristã e não fora. O ataque estratégico do inimigo para os últimos dias será de dentro da igreja, para minar as bases fundamentais da sã doutrina, e desviar as pessoas do evangelho da graça, levando a cristandade a praticar o anátema de sustentar outro evangelho.
Mas Balaão ensina, deixa um legado de advertência. Quando as coisas são rompidas em seus fundamentos, o desastre é iminente. Quando o inimigo consegue produzir uma beleza sedutora ao ponto de enganar os olhos incautos, quando a visão espiritual é obscurecida, e não se vê o erro e o perigo escondido por trás da beleza sedutora de um pecado ou de uma doutrina errada, então o diabo consegue com facilidade fazer com que o povo de Deus caia na suas astutas ciladas.
É através desse processo de infiltração, que muitas vezes o diabo nem sequer assume seu papel mestre. Arma a confusão e assiste. Balaão conjeturou consigo mesmo, pensou e chegou a uma conclusão obvia. Era entendido em assuntos espirituais. Sabia que o povo não podia ser amaldiçoado por suas praga e encantamentos, então teria que conseguir um meio de fazer com que a maldição fosse produzida dentro da comunidade dos santos. Seria um trabalho oculto. Balaão faria um trabalho secundário, seria um orientador, daria as ordens, ensinaria a Balaque como a infiltração poderia destruir o povo de dentro para fora, e a técnica seria simples. Se o povo de Israel tivesse com a vida espiritual em dia, em oração, se tivesse profetas e se a comunhão com Deus e a observância dos mandamentos estivessem em pauta, se o espiritual estivesse acima do material, então talvez não desse certo seu plano. Um homem espiritual consegue ter discernimento. Um homem que medita na lei do Senhor noite e dia, um homem que pratica a fé que declara, tem visão espiritual, e dessa forma iria enxergar a ameaça por trás de mulheres lindas, eróticas. Ao invés de serem atraídos pelos perfumes, pelas roupas coladas em um corpo esbelto, ao invés de serem cativados por rostos angelicais que convidam ao sexo por expressões sensuais e palavras sedutoras, seriam esses homens espirituais, que temem a lei e ao Senhor, evitado tal coisa e resistido a tentação, e expulsariam do seu meio essas mulheres mundanas e sensuais que se vestiram e se maquiaram de tal forma para seduzir com o poder da atração sexual esses homens. Para Balaão era um risco, porém seria essa a única alternativa. Se os Israelitas estiverem com o nível espiritual elevado, então as mulheres moabitas vão ser rejeitadas e expulsas do meio deles, mas se a carnalidade estiver acima da espiritualidade, então o plano pode dar certo. Eles cairão.  “Pois os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite. Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes. Os seus pés descem para a morte, os seus passos estão impregnados do inferno” (Provérbios 5:5 a 7).
A questão ficava agora a cargo dos Israelita. Balaão apresentou sua armadilha ao inimigo do povo de Deus, e como mero assistente, ficaria observando o andamento de seu plano astuto.
Então começa o processo de infiltração. As mulheres são as mais lindas entre as moabitas, treinadas na arte de sedução. Podemos imaginar isso? Palavras suaves, sorrisos cativantes, lábios sedutores, roupas eróticas, para revelar as matizes do corpo feminino, um bom perfume, um andar sensual, onde poderia reproduzir todas as nuances do corpo , com toda essa parafernália sensual, a missão diabólica de conduzir os homens ao culto idolatria começa. A melhor capa para esconder o mais sinistro intento: fazer com que o povo de Deus desobedeça, prostre-se diante dos demônios e peque contra o Senhor. Essa infiltração é a arma de Balaão, a arma secreta do inimigo, suas origens são os ideais de um profeta mercenário, que não está preocupado com o povo de Deus, mas somente na satisfação pessoal. Pode-se dizer que enquanto os filhos de Israel praticavam a fornicação para em seguida cometer idolatria, Balaão prostrava-se perante seu próprio ego e adorava o seu próprio instinto de desejos egoístas, e não enxergava a mais refinada idolatria nisso.
Preocupa-me que essa sedução tão sutil tenha se perpetuado, a idéia diabólica de Balaão foi tão boa, que séculos depois, vimos o mesmo principio espiritual sendo usado dentro de uma igreja cristã: a igreja de Tiatira. Em sua pequena epistola, Judas menciona Balaão no versículo 11, ele falou  sobre o engano do premio de Balaão. Isso mostra como um principio de engano pode atravessar os séculos, e continuar devastando a partir do interior, com uma maneira sutil e quase imperceptível. Veja bem, não tratava-se de uma invasão, mas de uma infiltração em processos. Primeiros apareceram as mulheres, as mais lindas entre as moabitas. Quem sabe, com faces bem inocentes. Extremamente sensuais. Os Hebreus se apaixonaram por elas. Possivelmente foi um conversa, depois uma sedução, antes de levar os hebreus a pratica do pecado, precisavam ganhar seus corações, por isso, vamos aos sentimentos e a concupiscência dos olhos. A permissividade seria a porta pelo qual o mundo moabita se misturaria com o mundo dos hebreus. Essa mistura maligna ocorre hoje, quando o mundo entra sorrateiramente dentro da igreja, dessa forma faz com que muitos se prostrem diante de Mamom e se prostituam com o liberalismo teológico e com as vãs filosofias do presente século. A falta de discernimento pode  causar devastação e destruição na vida espiritual de uma pessoa e a lição de Balaão serve tanto para uma igreja no modo de expressão coletiva como também para um cristão particular, pois que de uma forma bem estratégica, o diabo costuma enviar suas moabitas aos corações não vigilantes e fracos, para seduzi-los e se prostituirem e irem após outros deuses e cometerem toda a sorte de profanações e sacrilégios.
Balaão tinha um ministério voltado para interesses egoístas. Essa era sua malignidade maior. A corda que satanás puxava balaão era mais apertada que a corda que Balaão puxava sua mula.  Seu discernimento era tão precário quanto o discernimento dos hebreus. Pois que trabalhando como mercenário para Balaque e quando se deixou cativar-se pelo premio da iniqüidade, permitiu que o diabo se infiltrasse e se alojasse no seu coração. Por isso um abismo chamou outro abismo. Esse era o problema de Balaão, sua vista era terrena, sua filosofia era materialista e egoísta. Assim, a performance desse profeta era de um sofisticado iníquo sob a capa de um homem misterioso com certos traços de piedade disfarçada. Foi esse o legado espiritual foi terrível dele e deixou uma séria advertência de como atua satanás em nossos dias, e como uma liderança profética pode corromper-se e destruir as almas mais cegas. Aplica-se esses princípios para a igreja moderna, de muita formas, as moabitas prostitutas estão se infiltrando nas congregações. Os que permitem sua entrada, argumentam que não há nada de mal em possuí-las e usá-las. Elas vem com uma aparência de piedade, parecem inocentes e inofensivas, porém a sedução mais diabólica é aquela que tendo uma aparência inocente, tem no seu intento mais sutil, a semente da ação que afronta a lei de Deus e a sua Santidade.

Por isso, devemos ficar atentos, a maneira como satanás atua através de seus profetas mercenários, é muita astuta para ignorarmos os ardis sinistros dos inimigos do evangelho. É tempo de vigilância e atenção redobrada, de desbocarmos diante das paginas da bíblia e conferir a nossa vida e o que recebemos de ensinamentos provenientes dos púlpitos, analisar item por item, e ver se está de acordo com as escrituras, devemos ser fortes o suficientes para resistir as tentações sutis, as astutas ciladas do diabo e permanecermos firmes diante do Senhor.

Clavio Juvenal Jacinto

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