Durante
muitos anos, eu ouvi muitos testemunhos de cristãos que testemunharam com alegria
que “Deus tinha fechado a sepultura para eles” outros ainda “profetizaram” do livramento
da morte. Esse espírito secular sempre me incomodou. Porque lendo as escrituras, entendia que de
alguma forma, a morte para o cristão era uma bem aventurança (Apocalipse 14:13)
e que preciosa é aos olhos do Senhor a morte de seus santos (Salmos 116:15)
então porque toda essa celebração á vida terrena sem qualquer afeto a vida
celestial? Confesso que isso me incomodou sempre. A morte na visão da maioria dos cristãos que
conheci na minha jornada espiritual, era um monstro a ser evitado a todo
custo. E quando recebiam mensagens místicas
de que “Deus os tinha livrado da morte” tais pessoas se alegravam e
testemunhavam dessa benção do livramento da morte. As escrituras ensinam que quer vivamos ou
morramos, somos do Senhor. Esse apego a vida terrena de modo a ver a morte como
um livramento do céu e uma negação pratica de que “estar com Cristo é bem
melhor” isso me perturbou durante anos. Até que li o livro dos Mártires de John
Fox e outros escritos sobre os mártires da fé cristã e percebi que os que
amaram cristo de verdade, “ não amaram as suas vidas até a morte” (Apocalipse 12:11). Creio que muitos amam a própria
vida e não a Cristo. A experiência do novo nascimento ou do nascimento do alto,
deve dar a ao cristão uma esperança real de vida eterna. Sem essa experiência de
novo nascimento, o que o pecador vai experimentar é uma religião tipo “seguro
de vida” ou melhor, “seguro contra a morte”. Nesse caso a motivação da religião
é viver muito para si mesmo nessa vida. Nessa
perspectiva o viver não pode ser Cristo, se o morrer não poderá ser lucro.(Filipenses 1:21) Eu li um pequeno
artigo de Thomas Watson, um puritano não conformista que viveu no período de 1620
– 1686. Watson foi um homem
piedoso, eu também li a biografia de Robert Murray M’Cheyne, ele viveu uma vida
curta (1813 a 1843) mas deixou um grande legado de sermões e uma vida de
piedade que influenciou todas as gerações posteriores de cristãos. Através da
vida de M’cheyne, que o Senhor recolheu em tenra idade, aprendi que mais
importante do que viver muito nesse mundo, é viver a cumprir a nossa missão
cristã, e consagrar-se completamente a Cristo durante toda a jornada da vida,
não importa a duração. E lendo um artigo de Watson, eu resolvi traduzi-lo, adaptando
ao contexto da nossa época. Segue o artigo de Thomas Watson abaixo:
Nove males do mundo que a morte
destrói na vida do verdadeiro cristão
(Thomas Watson, "O Desejo do
Santo de estar com Cristo)
Mas de
ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo,
porque isto é ainda muito melhor
(Filipenses 1:23)
(Filipenses 1:23)
É o desejo de um verdadeiro santo sair
deste mundo perverso, "eu desejo
partir". O que um homem perverso teme - que um homem piedoso espera! O
mundano deseja viver neste mundo presente para sempre; Ele não conhece nenhum
outro lar, a não ser essa Terra – ele não conhece o lar celeste. Um homem
perverso não sai deste mundo - mas ele é arrastado para fora dele!
Mas uma alma animada e enobrecida com
um princípio de graça, olha o mundo como um deserto onde existem tantas serpentes ardentes, e ele deseja sair deste
deserto!
O pássaro deseja sair da gaiola,
embora seja feita de ouro. Assim também, os santos de Deus se consideraram presos
no corpo e desejam sair dessa prisão.
"Oh, se eu tivesse asas como uma
pomba, eu poderia voar para longe e estar em repouso!" (Salmo 55: 6).
Não é de admirar que um verdadeiro
santo seja tão sério para se afastar deste mundo presente - se considerarmos a
morte benéfica para um filho de Deus. A morte põe fim a todos os seus males
mundanos e egoístas! Em particular, existem nove males que a morte vai
aniquilar na vida de um homem santo e salvo.
1. A morte vai acabar com a natureza
pecaminosa de um crente.
2. A morte vai acabar com as tentações
que um crente enfrenta nesse mundo.
3. A morte vai por fim a todas as
angustias do crente.
4. A morte secará os lagrimas de um
crente.
5. A morte vai acabar com os problemas
seculares de um crente.
6. A morte põe fim a todas as
preocupações do crente.
7. A morte vai acabar com todas as
nossas imperfeições naturais.
8. A morte acabará com as imperfeições
e as limitações da vida presente.
9. A morte vai acabar com o peso do
cansaço de nossa peregrinação.
Embora a morte tenha um cálice de
conteúdo amargo, há uma suave doçura no
fundo. A morte é a melhor amiga do crente; Pois por esse caminho, o salvo vai
de encontro a Cristo, o que é muito melhor. "Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de
partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor “ (Filipenses 1:23)
O artigo de Thomas Watson foi extraído
de:
https://www.gracegems.org/PURITAN/Christ's%20Comfort%20for%20Weary%20Pilgrims2.html
Clavio J. Jacinto
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