sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A Agonia das Aflições e a Vida Cristã


Mais uma vez preciso volver  as camadas sujas da religião superficial para encontrar a perola cristã chamada  "Cristo em vós esperança da glória". É inadmissível  insistir cultivar uma tristeza profunda pela vida e ao mesmo tempo amar a Cristo, é preciso que se abandone essa para que possa nutrir a primeira. Quando Paulo enfrenta os furacões intensos de suas lutas sofridas, ele diz "tudo posso naquele que me fortalece".  A tristeza só vai prevalecer quando a alegria cristã é desprezada, apague a luz do evangelho dentro de seu coração e a sua alma ficará escura, não há como conciliar uma grande tristeza e uma grande alegria no mesmo lugar. É preciso insistir nesse fato, porque de onde se origina o fluir de águas vivas prometido por Cristo não pode jamais o coração piedoso se afogar num mar lamacento de amarguras. Há uma incompatibilidade de vida interior quando se pensa que uma profunda tristeza pode ser nutrida e fortalecida no mesmo lugar onde o Consolador permanece para sempre (João 14:16) tal coisa é descredito ao evangelho e uma negação ás virtudes consoladoras do Espirito de Cristo. Há no muito uma densa nevoa de amarguras, mas o perfume do evangelho mostra o caminho do jardim das consolações espirituais. Ninguém sofre nos vales espinhosos das aflições de forma permanente se consegue manter os ouvidos atentos durante todo o tempo no  "Vinde a mim" de Cristo (Mateus 11:28) mas quando cria-se um drama de autocomplacência e como Saul, toma-se a espada para ceifar a própria vida, como querendo dizer que o desespero se combate com a loucura, então é bem melhor beber o cálice da vida até o ultimo momento, porque na paciência de um homem piedoso, liberta-se a essência da vida devota, nada mais pode ser tão eloquente no que consiste a existência de Deus, do num homem que alicerça sua alma na certeza de que Ele existe. Não há sofrimento solitário para quem espera no Senhor, ou como disse A. D. Sertilanges: "Jesus quis estar sozinho em agonia, a fim de que nós mesmos não agonizássemos sozinhos"


Clavio J. Jacinto

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