segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Não Amar o Mundo




Somos exortados a não amar o mundo nem amar as coisas que há no mundo.  É visto que o cristão exerce influencia sobre ele, mas não deve receber influencia dele. Somos a luz e o sal deste mundo, isso significa que estaremos interagindo com ele até a nossa partida ou até a vinda de Cristo. Mas há uma questão sentimental que precisa ser avaliada, enquanto estamos aqui. O amor ao mundo é o desejo de satisfação egoísta, a satisfação de usufruir dos valores opostos á justiça do reino de Deus.  Lemos nos evangelhos que o Senhor veio a este mundo, andou entre os homens, estava dentro do sistema, mas não era dele, havia uma separação espiritual, assim como a luz desce até os confins do pântano, alumia todo a lama, porém a luz não pode ser poluída pela lama, assim também Cristo andou entre pecadores e viveu em um mundo pecador, mas não foi contaminado por ele. É lógico que pela própria vida de Cristo, entendemos que fugir do mundo e isolar-se completamente dele não a forma correta de evitar amá-lo.  A vida do Salvador é objetiva nesse sentido, quando nossos afetos não estão nas coisas passageiras, quando nosso coração está voltado para as coisas que perduram para sempre, quando a amor á Deus está na posição de suprema primazia, então poderemos viver do  mundo sem amar a ele.  Outro princípio importante é que não podemos olhar para o mundo como se ele tivesse todas as coisas necessárias para termos uma  experiência de usufruir de uma verdadeira felicidade. Não! A felicidade que perdura só pode vir de algo que tenha uma natureza eterna, então só o Senhor pode nos dar essa felicidade, ela não é feita de coisas terrenas, superficiais e passageiras, mas coisas com valores mais elevados. Ainda há outro fator importante que desejo muito considerar, não temos aqui uma pátria permanente, nossa pátria está nos céus, então devemos viver a nossa vida inteiramente para a glória de Deus e não para a satisfação pessoal, quando vivemos para a glória de Deus, Ele nos abençoa, quando vivemos para tomar o propósito de nossas conveniências pessoais e egoistas, sofreremos cedo ou tarde a decepção do desgaste de uma vida vã e sem verdadeiro sentido.  Que o Senhor abra a nossa mente, para que possamos discernir o que á agradável ao Senhor e o que deve ser evitado, carregar dentro do coração aquele desejo sincero de viver no mundo sem ser do mundo, a andar como um peregrino, com o coração voltado para a pátria celestial e para as promessas de despontam desde os dias da eternidade. Por fim, em um de seus livros, A. W. Tozer abordou sobre esse tema, e nas suas palavras encontrei uma direção segura para entender um pouco mais sobre esse tema, e aplicá-lo na minha vida: “É possível abandonar o mundo no corpo, sem nunca o abandonar no espírito. É possível abandonar o mundo exteriormente e ainda ser mundano por dentro. Mas ninguém pode ser cristão no sentido correto da palavra sem ter abandonado o mundo. É possível abandonar o mundo no corpo, mas não no espírito. Nunca é possível, porem, abandonar o mundo em espírito se ele não é abandonado na pratica (A. W. Tozer . A Vida Crucificada Paginas 102 e 103)



Clavio J.Jacinto

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