terça-feira, 13 de novembro de 2018

Pequenas Coisas

Dorcas tinha uma agulha, essa era sua ferramenta, seu instrumento do dia a dia. ( Leia Atos 9:24 a 36) Em sua vida, ela se dedicava a usar essa ferramenta para usar as pessoas. Conheço muita gente que disputou cargos, para subir na plataforma do sucesso para receber elogios e nutrir o orgulho pessoal, as disputas para sermos aplaudidos e sermos colocados numa posição elevada, leva muita gente para disputas intermináveis, Cristo porem manda ir ao quarto secreto. A vida de João Batista se destaca por ser pregador do deserto, com certeza o tempo e a sinagoga era um local vetado para o profeta primitivo, suas palavras não conheciam com o sistema vigente, era preciso que Deus falasse ao povo, uma chamada ao arrependimento, mas não havia espaço nos púlpitos para tal mensagem, então o deserto torna-se o santuário da proclamação da Palavra de Deus. É  bem certo perceber que nas margens do rio Jordão ia os espiritualmente sedentos. Queriam ouvir um profeta rude, com uma mensagem rude, vestindo-se não com as pompas sacerdotais, mas um cinto e pele de camelo, a mensagem, porém era viva, um trovão estava ecoando desde as margens do Jordão, e o povo vinha ouvir essa voz caustica, um chamado da morte para a vida, do conformismo para a revolução, pois o Messias estava chegando. Algum tempo depois Cristo observa no templo uma mulher pobre doando uma pequena moeda, símbolo diminuto da insignificância, vista sob a lupa da hipocrisia farisaica, mas era para aquela pobre viúva com a sua oferta pobre que o Senhor atentou. Deus sempre se inclinou para as coisas certas. Tomamos emprestado o óculo do mundo para perceber que as coisas grandes que fizemos chamam a atenção das pessoas a nossa volta e então recebemos elogios e aplausos deles, isso é o suporte básico que sustenta a religião dos méritos, Deus olha para as pequenas coisas feitas com amor, porque o amor a Deus faz com que todas as coisas pequenas que fizemos a Ele, tornam-se grande aos próprios olhos do Senhor. Isso vos incomoda? Mas Deus tem agido assim. Porquanto ao olharmos para uma agulha, ela não tem qualquer relevância aos olhos da hipocrisia, porque se perde nas coisas comuns.  O valor da verdadeira ação revestida de amor, essa que vem das mãos de um homem espiritual, muitas vezes só brilha, quando as pessoas a nossa volta notam a perdão de uma alma santa. Muitas pessoas querem ser estrelas, mas olhe, se uma delas desaparecer na noite escura, quase ninguém se dará conta da sua ausência, mas nas esquinas da vida, em uma noite escura, a lâmpada que se apaga faz muita falta. Queremos faze as coisas do nosso jeito, achamos que as coisas devem ser feita de acordo como entendemos, todavia a maneira do Senhor ver as coisas é completamente diferente da nossa maneira de ver. Olhamos para as circunstancias motivados a sermos o centro da atenção, queremos ser o melhor por nós mesmos, não para a glória de Deus, e isso é de fato idolatria, pois queremos receber a glória dos homens para que o nosso ego possa receber o sustento necessário para ser senhor do nosso coração. A agulha de Dorcas é microscópica aos olhos mundanos, é insustentável diante dos valores da hipocrisia, mas as mãos santas tecem os vestidos, e nessa visão esplendida notamos que o agir de Dorcas foi o agir do Senhor quando olha para a nudez do primeiro casal, vai lhe conceder vestimentas. A grandeza de todas as coisas está no amor á Deus, a grandeza de nossas ações está na motivação espiritual, se elas honram a Deus são grandes, se são para fustigar o nosso ego para que ele cresça e receba louvores dos homens então são inúteis. Veja que essa é a visão positiva do Evangelho com relação ao que fazemos Deus sempre trouxe glória a si mesmo através da fraqueza humana. Gideão vai enfrentar um exercito de filisteus com uma queixada de jumento, Davi vai enfrentar um gigante belicoso com uma funda, do simples nascem as coisas extraordinárias, e o Senhor faz isso durante todo tempo, basta que estejamos dispostos a renunciar ao nosso orgulho para viver para a glória de Deus



Clavio J. Jacinto

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