O pós-modernismo veio com suas
mudanças de paradigmas para impor seus “valores” ou seja, uma nova visão da
realidade, ela tem duas funções distintas, a desconstrução do antigo e o reconstrução
de novos
ideais. Para um pós moderno, a
sociedade é que determina a realidade, a tolerância e a síntese de opostos são
reivindicações novas, e com elas vem o relativismo, o fim de valores absolutos,
pois a verdade torna-se relativa e só se encaixa na cultura de alguém, e não no
seu todo. Muitos ditos cristãos hoje odeiam os absolutos, portanto a fé cristã
perde os seus limites exclusivistas, assim como as verdades bíblicas, ou são
ignoradas completamente ou são alegorizadas, para que seus significados sejam
alterados e se encaixem na cosmovisão dos protetores da unidade na diversidade.
Atualmente soa muito “legalista” ou até mesmo intolerante pensar num
cristianismo exclusivista, mas era exatamente isso o que Cristo proclamou (João
3:36 ,14:6, Atos 4:12 etc.) muitos ensinos claros do Novo Testamento que são opostos
aos sentimentos amorosos, tolerantes e emotivos do cristão pós-moderno devem
agora ser evitados ou reinterpretados
pelos pós-modernos. Os julgamentos devem ser evitados, não devemos julgar
jamais, isso seria antiestético, antiético e intolerante. É notável verificar
que o Senhor Jesus foi muito claro em advertir que surgirão falsos profetas
usando o nome dele (Mateus 24:11 e 24) esses falsos profetas seriam conhecidos
por seus frutos.(Mateus 3:10, 7:17, 12:33, Lucas 3:9 e 6:43) tais fatos nos
levam a rejeitar, confrontar e denunciar os que promovem falsos ensinos (Tito
2:1 e 9) O cristão pós moderno odeia a apologética
aplicada à cristandade desviada, odeia os críticos que rejeitam os falsos
profetas que se levantam nas plataformas da cristandade, opõem-se aos que se
declaram contra a apostasia de nossos dias. Não suportam quando artigos ou
pregações falam contra o ecumenismo ou o ecletismo ou ainda contra o sincretismo,
odeiam a apologética da fé cristã exclusivista, não aceitam limites para a
ortodoxia, como se o casamento da ortodoxia
com a apostasia promovesse a causa da fidelidade a Deus. Em nome do amor e da
unidade na diversidade, colocam todas as crenças num caldeirão para viver
debaixo de uma nova síntese algo que o Senhor Jesus Cristo e os apóstolos jamais tolerariam se estivessem
vivendo hoje em nosso meio. Olhe para as cartas de Paulo, ele chama os crentes
de Corintos de carnais ( I Coríntios 3:1 ) acusa os galacianos de começarem no Espírito
e terminarem na carne (Gálatas 3:3 ) Adverte os Colossenses sobre as vãs
filosofias e sutilezas (Colossenses 2:8) acusa os judeus de terem zelo sem
entendimento (Romanos 10:2 ) No livro de Apocalipse, vimos certa Igreja rejeitando
“irmãos” que portavam títulos apostólicos (Apocalipse 2:2)as epistolas do Novo
testamento são um aglomerados de Escritos apologéticos para defender a igreja
do sincretismo e da influencia pagã, o contexto cultural em que foram escritas
tinha como base tomar oposição a filosofia grega, a mitologia pagã e ao judaísmo
corrompido e a mais perigosa de todas as correntes heréticas: o gnosticismo.
Não havia ali uma estrutura pseudo-ética tipo “não julgueis”, a posição inegociável
de Cristo não era tolerar o erro, apostasia ou heresias, ele chama os fariseus
de raça de víboras, sepulcros caiados, (Mateus 23:27 e 33),Adverte que nem todo
o que vive debaixo de uma religião que confessa uma fé com sinais e maravilhas
será salvo (Mateus 7:15 a 21) da mesma forma, Paulo diz a Tito que nem todos os
que confessam a Deus são salvos (Tito 1:16) João Batista e posteriormente, outros
apóstolos tomaram a mesma direção.( Mateus 3:7 ) Hoje é inconcebível, para um
crente pós moderno, aplicar Tito 3:10, II João 1:9 e 10, Judas 1:3 I Coríntios 10:20
etc., na vida cristã. Temos que tolerar e
não julgar, mas o Senhor manda julgar segundo a reta justiça (João 7:24) para o
pós moderno, não podemos causar divisão, temos que tolerar pelo amor, relativizar para não criar conflitos sociais,
viver debaixo de opostos e viver uma convicção pessoal e não universal, esse
reducionismo é a base do sincretismo e
da tolerância ao erro e ao engano. Paulo porém exorta-nos a separar-se dos
opostos (I Coríntios 6:14 a 18 veja também II Tessalonicenses 3:6) É o relativismo que faz com que falsos
profetas tornam-se cada vez mais livres,fortalece outros evangelhos e promove a
mistura com as verdades bíblicas e enganam milhões de pessoas (Galatas1:8 e 9)
quando as verdades cristãs deixam de ser absolutas e exclusivas, a vida espiritual
torna-se obscurecida pelos novos paradigmas construídos a partir da visão pós -moderna,
de que o relativismo deve ser a causa final de todos os valores universais. Mas
isso é transformar em dissolução a graça de Deus (Judas 1:4) A ortodoxia cristã
é absoluta e de eternidade a eternidade (Salmos 100:5) e cada vez mais será um
grande desafio ser um cristão comprometido com os absolutos da Palavra de Deus.
Autor: Clavio J. Jacinto
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