Falsificações.
O Dr Martin Lloyd Jones faz uma
declaração séria, no seu livro O Sermão do Monte: "O cristianismo formal
geralmente é o pior adversário da pura fé cristã". Essa declaração tem um
eco muito grande em nossos dias, pelo modo como o formalismo faz seguidores superficiais.
Tenho tentado encontrar uma boa quantidade de cristãos que tenham uma
transformação radical em suas vidas, (II Coríntios 5:17) ao invés de apenas uma
mudança formalista produzida por uma reforma moral e uma adequação a um sistema
de crenças religiosas. Infelizmente um homem pode ter toda a aparência de uma
religião de prodígios, pode ter uma confissão supostamente espiritual, sem,
contudo ter uma verdadeira conversão e por isso mesmo não está debaixo de um
verdadeiro relacionamento com Cristo e muito menos ligado a videira verdadeira.
(João 15:1 a 5 e Mateus 7:15 a 23) a falsa fé é um mero formalismo exterior,
produzido por uma imitação pirateada do verdadeiro evangelho. Pior é que esse
tipo de fraude espiritual consegue manter cativo muitas pessoas em um elevado grau
de ilusão, ao ponto de resistirem a fé bíblica, tudo isso parece uma loucura,
mas é assim. Quando alguém abraça o falso evangelho, seu primeiro sentimento
"nobre" é nivelar tudo ao mesmo patamar da sua posição, e não se acha
mais necessário seguir movendo-se para uma posição mais bíblica e mais ortodoxa
(Filipenses 1:8 e 9) No engano religioso produzido pela pseudo cristianismo,
sair do engano para abraçar uma verdade mais bíblica é um pecado gravíssimo,
todo o falso evangelho tende a encapsular a organização e a divinizá-la, de
sorte que sair dela, é cometer grave erro contra a verdade, porque ela passa a
ser a detentora de certos absolutos que não podem ser encontradas fora do
sistema. As Escrituras, ainda que em profissão de fé, seja considerada como
documento de autoridade espiritual, serve apenas para rotulações religiosas, e
nada mais. É extremamente difícil convencer pela bíblia, a quem afirma crer
nela de boca e nunca de coração. A confissão superficial é apenas uma mascara de palavras, uma forma verbal de hipocrisia
que muitos sustentam, pois quando são confrontados pela bíblia, demonstrado
seus erros, ficam com as opiniões pessoais, com as experiências ou com os
sentimentos e rejeitam as Escrituras. Talvez seja esse um dos problemas graves
em nossos dias, quando a pessoa enterra seu coração no engano agradável,
dificilmente vai querer sair para uma realidade mais dura da verdade, porque
isso lhe custa algo contra si mesmo, confronta as convicções que ele venera, é
difícil sair dos bosques das sombras do engano, para a luz da verdade, porque
isso pode por em risco a posição pessoal, prestígios e méritos. A menos que uma
reviravolta aconteça na sua vida, como aconteceu com Paulo, onde teve que
abandonar suas convicções rígidas e desistir de sua popularidade e vantagens pessoais
(Filipenses 3:8) tais almas cativas ficam a mercê de uma falsa segurança. Paulo
tinha a Escritura, crença, liturgia, fé, zelo, templo e respeito, mas não tinha
a verdade, não tinha Cristo, mais a frente o gnosticismo vai inventar outro
cristo, para complementar um sistema de crenças que possa ser mais sutil e
eficiente, assim inventar outro cristo, torna-se um meio eficiente para
organizar um falso evangelho, e então sofisticá-lo até ao ponto de refinamento
cuidadoso, para se parecer muito com a fé verdadeira. Porém lá nas coisas
fundamentais é meramente humanista, profundamente egocêntrico e não bíblico.
Atualmente o perigo é mui freqüente, a enganação tal qual foi predita no Novo
Testamento (Veja: I Timóteo 4:1 e 2, II Timóteo 3:1 a 4, 4:1 a 4 , II Pedro 2:1
a 3 etc) está acontecendo, e como desde o principio mais terrível se dá por
imitação ((Êxodo 7:11, II Timóteo 3:8 II Coríntios 11:14) etc) precisamos estar
atentos e sóbrios, e dispor-se a viver para dentro das Escrituras, nossa única
segurança em questões espirituais. (Clavio J. Jacinto)
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