Manual do Obreiro do Senhor
Todo
obreiro precisa ter um nível elevado de vida espiritual e preparação, para
alcançar o padrão bíblico de um obreiro aprovado. As escrituras determinam:
Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade.
(2 Timóteo 2:15)
(2 Timóteo 2:15)
Esse versículo pode ser divido em
três seções distintas. Aprovado, que não tem de que se envergonhar e que maneja
a bem a palavra da verdade. A palavra grega para “aprovado” é “dokimon” e
significa aquele que passa no teste, por exemplo, no teste de uma moeda, para
saber se ela era verdadeira ou falsa.
Era assim que um leitor no contexto cultural que foi escrito a passagem
de Timóteo entendia. “Dokimon” era um termo usado para aquele que se tornava
verdadeiro depois de passar pelos testes de aptidão. Tal teste é por sua vez elevado, não é para
todos, mesmo que alguns tenham algum conhecimento, não significa que sejam
vocacionados. O obreiro aprovado é aquele que passa pelo crivo de um teste
rigoroso. Portanto aqui está o padrão de um obreiro aprovado. Esse é o padrão
exigido por Deus.
Para ser aprovado, em primeiro
lugar deve estar submetido aos critérios das escrituras, apto para sofrer, que
tenha um caráter de peso, irrepreensível na sua postura. Quero lembrar que irrepreensível não é ser
infalível, mas simplesmente deve ser um homem que esteja inteiramente voltado
para o progresso espiritual e para o crescimento constante através de um
aperfeiçoamento, em segundo lugar deve estar pronto a moldar-se aos padrões
divinos de um obreiro. Sofredor, humilde, submisso e lutador.
Se você não passa pelo critério
da aprovação, ao exercer o cargo tornar-se-á um falso obreiro, ou um obreiro
fraudulento, o que significa que enfrentará o juízo divino, pois a visão do
obreiro deve ser o equivalente a visão do Senhor com relação a sua obra. De que
maneira você acha que DEUS vê a obra da cruz?
Pois um obreiro aprovado, nunca pode ver a obra do Senhor com uma visão
ou com sentimentos superficiais. O obreiro sabe da importância, do quilate e da
urgência da obra de Deus, por isso seu coração deve estar voltado para o
serviço santo, sem essa inclinação apaixonada pela obra, não podem existir
vestígios dentro do coração do cristão. Assim cada candidato precisa colocar
seu pensamento, sua inteligência, suas aptidões e seu coração em todas as
coisas que envolvem a obra, deve ele buscar com muito zelo todas as ferramentas
para o aprimoramento espiritual.
Em Atos 6:1 a 7 vimos como os
critérios para a separação dos diáconos, era
boa reputação, cheio do Espírito Santo e de sabedoria, porque o negocio
da obra de Deus era de grande importância. Como podemos observar, eram
critérios elevados. Boa reputação consiste em ter crédito moral por causa da
vida justa perante todos os homens, ser cheio do Espírito Santo é ser cheio da
verdade de Deus, não significa ter experiências extáticas ou êxtases
descontrolados. Hoje em dia vimos como a verdade do “ser cheio do Espírito
Santo’ foi completamente mudado para outro tipo de coisa, estranha as paginas
sagradas. Uma vez que ser cheio do Espírito é ser cheio de santidade, ser
abundante no fruto do Espírito, ser cheio de autoridade espiritual, cheio de ousadia
para enfrentar a te a morte pela verdade se for possível, muito daqueles que
vimos hoje, que se intitulam obreiros, não passam no teste, mesmo que supunham
manifestar certos dons.
Ainda com relação aos diáconos,
encontramos em I Timóteo 3:10, que os candidatos devem ser antes testados, para
depois exercerem o cargo, se foram irrepreensíveis.
O teste da veracidade está na
aptidão e naquela convicção que surge das circunstâncias. Um obreiro é um homem
com uma chamada especial, cujas responsabilidades são enormes, porque ele vai
orientar o caminho da eternidade para um numero muito grande de almas. A
responsabilidade de conduzir almas por caminhos verdadeiros é uma
responsabilidade de muito peso, se o candidato não tem essa noção, do peso da responsabilidade
e da suprema importância que envolve o assunto, deve abandonar o cargo ou deve
simplesmente abandonar qualquer ideia de almejar ser consagrado.
Se o candidato almeja um cargo a
titulo de prestigio, fama e aplausos, também é sinal de que não tem chamada. A
OBRA RELACIONADA AO VERDADEIRO EVANGELHO, NÃO É UMA OPORTUNIDADE PROFISSIONAL,
entenda isso. Hoje no sistema babilônico que faz parte a maioria dos
evangélicos, está completamente divorciada das escrituras. O modelo de
liderança do novo testamento é o líder servil, que é servo, sofredor, como
vimos tão claramente nos exemplos deixado pelos lideres anabatistas, que
enfrentavam a fogueira por causa da fé, a maioria dos pastores anabatistas
tinham vida curta, quase sempre eram levados ao martírio por causa do
testemunho cristão, assim como os apóstolos, com exceção de João, todos os
outros foram martirizados, muitos verdadeiros homens de Deus padeceram em
prisões por causa da verdade, John Bunyan passou parte da sua vida na cadeia,
pelo crime de pregar sem autorização, isso aconteceu numa Inglaterra cristã!
Watchman Nee também padeceu longos anos da na cadeia por pregar o evangelho,
Richard Wurmbrand também padeceu em prisões por causa do evangelho. Leia o
livro dos mártires de John Fox, e descobrirá o caminho de um homem que tem a chamada de ser obreiro e pregador.
Esses obreiros modernos que vimos por ai, que cobram para pregar, ganham
fortunas, aplausos e prestígios são pregadores falsos, quase sempre pregam
falsas doutrinas. Vivem no conforto, não passam dificuldades, não são
perseguidos e são idolatrados. A mensagem da cruz não é uma mensagem que dá
fama e prestigio, lembre-se sempre disso. Porém a mensagem da cruz, é a
mensagem gloriosa, que dará recompensas maravilhosas para os fieis vocacionados
que perseveram na obra do Senhor mesmo em intensos sofrimentos. Paulo admoesta:
Sofre as aflições(II Timóteo 4:5)
Uma vez que estejamos aptos a
entendermos que o obreiro precisa ser aprovado, precisamos também entende como
ele é aprovado. E isso ocorre de duas formas, a primeira é o agir capacitador
do Espírito Santo e o outro é a busca pessoal do aprimoramento. A erudição com
piedade é a o equilíbrio necessário, Pedro nos admoesta a crescermos na graça e
no conhecimento. Deus chama, mas mesmo um chamado não nos leva para uma posição
de aprovado. Tomemos como exemplo Judas Iscariotes, foi ele um apostolo
aprovado? Foi ele um obreiro aprovado? Não! Foi Saul aprovado na sua Missão?
Não! Foi Sansão um obreiro irrepreensível? Não!
Tais homens tiveram uma chamada, de alguma maneira falharam e em alguns
casos até foram reprovados.
Talvez a reação daquele que foi
chamado tenha também um impulso positivo nessa questão, Isaias disse: “Eis me
aqui, envia-me a mim” houve uma reação ao chamado. Então temos aqui um segredo.
Temos que corresponder positivamente ao nosso chamado. Deus nos chama a sua
obra? Então vamos responder sim ao seu chamado e andar pelo caminho da
obediência e do aprimoramento pessoal. Por exemplo, se você quer que Deus te
use na pregação, precisa ler muitos as escrituras. Estuda-las com paixão. A
obra da pregação consiste em proclamar o evangelho e nada mais. Para ter a dádiva de recitar muitas passagens
das escrituras, o obreiro precisa memorizar as escrituras. De outra forma, não
poderá ser um bom conhecedor das doutrinas da graça.
Como um aluno que precisa estudar
todas as disciplinas com muita dedicação, para ser aprovado na área em que
deseja se formar, e isso é algo muito valioso e funcional em uma escola
secular, imagine então como não deve ser entre os obreiros do senhor? Se um
medico, para exercer a sua função precisa estudar muito, porque deveria ser
diferente entre aqueles que desejam exercer o cargo pastoral que atua no campo
do cuidado das enfermidades da alma? É sob essa perspectiva que devemos
entender o termo “ser aprovado”. O obreiro deve ser um doutor com relação às
doutrinas fundamentais da fé cristã, deve ser apto para dar um conselho
bíblico, deve ser apto a interpretar o texto conhecendo as regras de
hermenêutica, para não incorrer no grave pecado de distorcer a Palavra de Deus,
recorrendo a meios artificiais e profanos para fazer uso inadequado da bíblia
sagrada. Sobre esse assunto vamos falar
ainda em outro tópico, mais a frente.
Veja bem, que o texto exorta a
nos apresentarmos a Deus, aprovado. Não ser aprovado depois de sermos
apresentados a Deus, mas ser aprovado diante dele mediante a nossa apresentação
a Ele. Há um jargão que diz que Deus não chama os capacitados, mas capacita os
que são chamados. Esse jargão é completamente contrario ao texto de II Timoteo
2:15, e isso porque as coisas para o
Senhor sempre segue o princípio da ordem e da decência. Se alguém deseja ir
para o campo missionário no exterior, precisa primeiro ele aprender o idioma
estrangeiro em uso para o lugar em que ele vai, conhecer a cultura e a lei
daquele país, de outra forma ele não estará
indo preparado e se tornará um tanto mais difícil para tal. O preparo sempre é
coerente e bíblico, em casos como esse.
Clavio J. Jacinto
48 99622-8870
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