A salvação é uma mudança e um retorno. Uma mudança porque a "metanoia" exige uma mudança de perspectivas, uma mudança de cosmovisão. A regeneração é a transformação interior que exige uma mudança completa da nossa vida. Essa mudança é dramática porque reajusta a direção da nossa vida em direção de todas as coisas que são mais elevadas. A salvação também é um retorno. É um retorno para a sacralidade da vida. Isso ocorre por um reconhecimento sensível de que somos adoradores. O padrão de um cristão bíblico, regenerado é ser santo, é ser extremamente piedoso, isso é um retorno para o proposito original pelo qual fomos criados. Fomos criados para a glória de Deus, somos seres compulsivos á adoração. Sem a regeneração, a tendencia do homem é inclinada a adorar coisas e inventar deuses. Ele precisa divinizar algo, ainda que seja a si mesmo ou a sua própria razão, para encontrar respostas aos seus anseios. A tendencia do homem sem Deus é inclinar-se perante deuses falsos e praticar a idolatria em suas variadas formas, porque essa é a tendencia do seu coração, tal inclinação está em sua natureza espiritual. A salvação é uma libertação de todas as modalidades de idolatria, é um retorno para a posição correta, de acordo com o proposito pelo qual fomos criados. Quando ocorre uma mudança de mentalidade, então o coração se ajusta na direção certa, ele abandona os ídolos, abandona o ego, abandona as coisas pelo qual são matéria prima para o feitio dessas falsas divindades que são feitas na medida para satisfazer a tendencia profunda do coração do homem de crer em alguma coisa e viver por elas. A não crença não existe, não no coração do homem. Não há homem que não creia, viver é crer e crer é viver, mesmo que em suas tendencias erradas, um homem não regenerado creia em coisas ridículas, precisa fazer isso. A crença é a atmosfera moral ou amoral onde o ser humano respira. Esse fato é obvio. Ainda que a pessoa não creia em algo, ela precisa crer no seu próprio ceticismo como a regra da coerência para manter a convicção. O retorno do homem pela regeneração é voltar-se para o Criador, esse é um fator muito claro na historia do homem. Há porem um meio pelo qual o homem não retorna, ele não crê no evangelho, então precisa ficar com suas conclusões, precisa divinizar suas ideias no altar da razão. Assim o mais cético dos homens força seu coração a ficar prostrado diante das suas convicções e rende a elas um culto, usando o seu próprio orgulho como mecanismo de devoção
Clavio J. Jacinto
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