FALSOS PROFETAS
“E também houve entre o povo
falsos profetas, como entre vós também haverá falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos, repentina
destruição” (II Pedro 2:1). Advertências como essa e outras deveriam colocar os
cristãos em estado de alerta durante todo o tempo. Todo o cuidado e vigilância,
as mais lindas jóias da doutrina cristã serão falsificadas e os mais preciosos
ensinos serão banalizados para satisfazer a carne ao invés do espírito. A
transferência dos valores espirituais para o âmbito terrenal, puramente
materialista, faz com que falsos mestres, que desejam glória para si e
vantagens pessoais, pois no profundo do coração, desejam barganhar o evangelho
e fazer muitas negociatas, fazendo uso da Palavra de Deus para satisfação de
seus próprios instintos e desejos egoístas. O diabo faz muito bem esse tipo de
negociação, aliás ele é mestre nesse assunto (Veja Mateus 4:1 a 11). Nesse
estudo alguns lições podem ser tiradas para proveito daqueles que desejam ser
fieis ao Senhor, nessa época de tanta confusão,
estar firmado na rocha, significa viver alicerçado numa plataforma
absolutamente segura, na palavra de Deus e no Senhor Jesus Cristo.
A Definição do termo: A primeira
questão proposta é: "O que é heresia?" A resposta é:
"Qualquer ensinamento que contradiz diretamente o testemunho claro e
direto das Escrituras em um ponto de importância salvífica". (Michael
Horton)
Primeira lição: A introdução
furtiva torna a infiltração de heréticos quase imperceptíveis dentro de
congregações, e por esse motivo se faz necessário o estudo da Palavra de Deus
de forma dedicada, tanto por parte dos pregadores quanto por parte dos membros
da igreja. Aprender a sã doutrina é necessário para se batalhar pela fé (Judas
3) a percepção e a b são qualificações indispensáveis para sermos guardiães da
verdade.
Segunda lição: A introdução
furtiva sempre tem como objetivo a conversão da verdade em erro, como em Judas
4 onde declara que homens ímpios
convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, o domínio e o senhorio
de Cristo. Note que o centro do ataque será Cristo e Deus Pai. Nas primeiras
comunidades cristãs, surgiram muitos hereges que atacavam a pessoa, a
encarnação, a ressurreição e a divindade e o Senhorio de Cristo. Eram os gnósticos, um sistema de
negação central, que atacava as doutrinas cristológicas fundamentais. Hoje de
forma mais sutil, porém não menos perigosa, os falsos mestres, distorcem as
doutrinas centrais da fé cristã, introduzindo doutrinas de homens. Todo o
sistema fica comprometido contra a cristologia fica comprometida. Por exemplo,
a negação da divindade de Cristo abre caminho para que outros erros se
desenvolvam, uma visão não ortodoxa da pessoa e obra de Cristo compromete
completamente a saúde espiritual de uma igreja.
Terceira lição: Paulo adverte que
nos últimos dias haverá uma apostasia, por causa da atividade de demônios e
espíritos enganadores que usarão a boca dos homens, para promoverem seus
enganos (Veja Timóteo 4:1 e 2) Nos últimos anos houve um surto muito grande e
em escala global de misticismos e espiritismo, a nova era promoveu o contato
com espíritos desencarnados, seres multidimensionais, ET, mestres ascesionados,
anjos, duendes etc. Por outro lado, o movimento carismático também trouxe para
dentro de muitas igrejas, uma abertura para o contato com espíritos
enganadores, as novas revelações, as experiências sobrenaturais, contatos com
anjos, experiências de projeção astral, meditação, praticas esotéricas tem
afastado milhões de cristãos da crença fundamental da suficiência das
Escrituras, levando-os para o campo minado das
experiências e fenômenos subjetivos.
Quarta lição: A grande
necessidade do cuidado constante se dá por causa da estratégia diabólica, que
tem como princípio ganhar a confiança dos incautos, para em seguida lançar is
tentáculos do erro doutrinário. A historia de Balaão ilustra muito bem essa
questão. Balaão profetizou corretamente (Números 24:17) o cumprimento pode ser
observado em Mateus 2:1. Porém no contexto do livro de Números, vimos que ele
conduziu o povo de Deus para o erro, e desde então, Balaão tornou o símbolo
bíblico de um falso profeta que induz pessoas sem discernimento para a
idolatria e outras praticas abomináveis (Apocalipse 2:4) a advertência de Judas
é que “Foram levados pelo engano do premio de Balaão”(Judas 11). Pela vida de
Balão, note que primeiro a sua vida sugere piedade e temor, para ganhar a
confiança alheia, e depois lança o seu veneno mortífero, quando já foi ganha a
confiança dos outros. Quanto mais um homem põe confiança num falso profeta,
mais firme será sua crença de que ele é um homem de Deus, porém quanto mais
forte for a confiança em algo errado, menos discernimento terá para perceber as
coisas verdadeiras.
Quinta lição; Os últimos dias
seriam caracterizados por uma apostasia generalizada promovida por um completo
abandono da suficiência das Escrituras.
O relativismo moral seria apenas um desses braços, que atuariam na
sociedade secular, enquanto que dentro da cristandade, a fé nas Escrituras como
inspiradas seria enfraquecida por causa das varias traduções contraditórias
promovidas pelo modernismo. Assim a autoridade diminuiria e as convicções
seriam enfraquecidas, dando amplo consentimento ao erro e a duvida sobre a
inspiração e autoridade das Escrituras. A grande abertura para uma espécie de
relativismo místico subjetivo ecoou a partir do movimento pentecostal, a
verdade estaria além das Escrituras, e cada cristão poderia receber novas
informações diretas de Deus. Essa ruptura com a autoridade e suficiência das
Escrituras ocorre de maneira não convencional, pois que nas confissões
doutrinarias de muitas “igrejas”, a bíblia seja a única regra de fé, na pratica
não é assim. Por décadas, tenho visto que a
experiência mística sobressai além da autoridade das Escrituras. Certa
vez, lidei com o problema de certo pastor que consagrou um jovem que não
sustentava as condições bíblicas exigidas para a pratica do diaconato. Tentei corrigi-lo, pois que a bíblia diz
muito sobre os que desejam o diaconato, porém ele retrucou, pois argumentou que
“deus” teria ordenado a ele, que o tal jovem fosse consagrado. Porém no
estatuto da igreja constava que a bíblia era a única regra de fé.
Sexta lição: A vida cristã está
fundamentada na fé e não nos sentimentos. O sentimentalismo é uma regra básica
no misticismo religioso sincrético. Dias atrás fiquei alarmado com a declarção
de certo pastor em um culto fúnebre, tentando provar que a salvação é um fato
porque sentimos ela. Seu argumento era que ele sentia a salvação, portanto era
uma verdade indiscutível. Da mesma forma, outro disse que Deus existe porque
ele sente Deus. Há um sentimento maravilhoso de êxtase que é promovido hoje em
dia, influenciado por escritos de místicos católicos da idade media, muito
deles com forte influencia do gnosticismo. Embora haja sim sentimentos bons
provenientes de uma sã espiritualidade, todavia, o sentimento não é em hipótese
alguma a autoridade que define se algo é verdadeiro ou não! Max Younce, Pastor
Batista certa vez escreveu: “Um espírito demoníaco que induz a atividade
religiosa favorita está fazendo as pessoas se sentirem espirituais, e isso
decorre de uma incompreensão da Palavra de Deus.” Ora o justo viverá por fé e
não por sentimentos (Romanos 1:17) e sem fé é impossível agradar a Deus
(Hebreus 8:6). Mas a nossa era secular é caracterizada pela religião dos
sentimentos, esse é o produto religioso mais procurado e mais promovido em
nossos dias, é uma marca da apostasia e também uma produtora em série de
terríveis heresias. Porque é evidente que todas as vezes que alguém exalta o
sentimento e o busca como prova de suas convicções, acaba colocando a doutrina
da suficiência das Escrituras em segundo plano, aceitando somente as doutrinas
bíblicas, quando elas estiverem de acordo com as suas conveniências
sentimentais. De outra forma, é mais prazeroso sentir o êxtase agradável do que
confrontar sua incredulidade com a Palavra de Deus. Sendo a Palavra viva e
eficaz (Hebreus 4:12) ela acaba denunciando as vaidades mais egoístas de nosso
coração.
Clavio J. Jacinto
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