sábado, 24 de novembro de 2018

FALSOS PROFETAS


FALSOS PROFETAS

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós também haverá falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos,  repentina destruição” (II Pedro 2:1). Advertências como essa e outras deveriam colocar os cristãos em estado de alerta durante todo o tempo. Todo o cuidado e vigilância, as mais lindas jóias da doutrina cristã serão falsificadas e os mais preciosos ensinos serão banalizados para satisfazer a carne ao invés do espírito. A transferência dos valores espirituais para o âmbito terrenal, puramente materialista, faz com que falsos mestres, que desejam glória para si e vantagens pessoais, pois no profundo do coração, desejam barganhar o evangelho e fazer muitas negociatas, fazendo uso da Palavra de Deus para satisfação de seus próprios instintos e desejos egoístas. O diabo faz muito bem esse tipo de negociação, aliás ele é mestre nesse assunto (Veja Mateus 4:1 a 11). Nesse estudo alguns lições podem ser tiradas para proveito daqueles que desejam ser fieis ao Senhor, nessa época de tanta confusão,  estar firmado na rocha, significa viver alicerçado numa plataforma absolutamente segura, na palavra de Deus e no Senhor Jesus Cristo.
A Definição do termo: A primeira questão proposta é: "O que é heresia?" A resposta é: "Qualquer ensinamento que contradiz diretamente o testemunho claro e direto das Escrituras em um ponto de importância salvífica". (Michael Horton)
Primeira lição: A introdução furtiva torna a infiltração de heréticos quase imperceptíveis dentro de congregações, e por esse motivo se faz necessário o estudo da Palavra de Deus de forma dedicada, tanto por parte dos pregadores quanto por parte dos membros da igreja. Aprender a sã doutrina é necessário para se batalhar pela fé (Judas 3) a percepção e a b são qualificações indispensáveis para sermos guardiães da verdade.
Segunda lição: A introdução furtiva sempre tem como objetivo a conversão da verdade em erro, como em Judas 4 onde declara  que homens ímpios convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, o domínio e o senhorio de Cristo. Note que o centro do ataque será Cristo e Deus Pai. Nas primeiras comunidades cristãs, surgiram muitos hereges que atacavam a pessoa, a encarnação, a ressurreição e a divindade e o Senhorio  de Cristo. Eram os gnósticos, um sistema de negação central, que atacava as doutrinas cristológicas fundamentais. Hoje de forma mais sutil, porém não menos perigosa, os falsos mestres, distorcem as doutrinas centrais da fé cristã, introduzindo doutrinas de homens. Todo o sistema fica comprometido contra a cristologia fica comprometida. Por exemplo, a negação da divindade de Cristo abre caminho para que outros erros se desenvolvam, uma visão não ortodoxa da pessoa e obra de Cristo compromete completamente a saúde espiritual de uma igreja.
Terceira lição: Paulo adverte que nos últimos dias haverá uma apostasia, por causa da atividade de demônios e espíritos enganadores que usarão a boca dos homens, para promoverem seus enganos (Veja Timóteo 4:1 e 2) Nos últimos anos houve um surto muito grande e em escala global de misticismos e espiritismo, a nova era promoveu o contato com espíritos desencarnados, seres multidimensionais, ET, mestres ascesionados, anjos, duendes etc. Por outro lado, o movimento carismático também trouxe para dentro de muitas igrejas, uma abertura para o contato com espíritos enganadores, as novas revelações, as experiências sobrenaturais, contatos com anjos, experiências de projeção astral, meditação, praticas esotéricas tem afastado milhões de cristãos da crença fundamental da suficiência das Escrituras, levando-os para o campo minado das  experiências e fenômenos subjetivos.

Quarta lição: A grande necessidade do cuidado constante se dá por causa da estratégia diabólica, que tem como princípio ganhar a confiança dos incautos, para em seguida lançar is tentáculos do erro doutrinário. A historia de Balaão ilustra muito bem essa questão. Balaão profetizou corretamente (Números 24:17) o cumprimento pode ser observado em Mateus 2:1. Porém no contexto do livro de Números, vimos que ele conduziu o povo de Deus para o erro, e desde então, Balaão tornou o símbolo bíblico de um falso profeta que induz pessoas sem discernimento para a idolatria e outras praticas abomináveis (Apocalipse 2:4) a advertência de Judas é que “Foram levados pelo engano do premio de Balaão”(Judas 11). Pela vida de Balão, note que primeiro a sua vida sugere piedade e temor, para ganhar a confiança alheia, e depois lança o seu veneno mortífero, quando já foi ganha a confiança dos outros. Quanto mais um homem põe confiança num falso profeta, mais firme será sua crença de que ele é um homem de Deus, porém quanto mais forte for a confiança em algo errado, menos discernimento terá para perceber as coisas verdadeiras.
Quinta lição; Os últimos dias seriam caracterizados por uma apostasia generalizada promovida por um completo abandono da suficiência das Escrituras.  O relativismo moral seria apenas um desses braços, que atuariam na sociedade secular, enquanto que dentro da cristandade, a fé nas Escrituras como inspiradas seria enfraquecida por causa das varias traduções contraditórias promovidas pelo modernismo. Assim a autoridade diminuiria e as convicções seriam enfraquecidas, dando amplo consentimento ao erro e a duvida sobre a inspiração e autoridade das Escrituras. A grande abertura para uma espécie de relativismo místico subjetivo ecoou a partir do movimento pentecostal, a verdade estaria além das Escrituras, e cada cristão poderia receber novas informações diretas de Deus. Essa ruptura com a autoridade e suficiência das Escrituras ocorre de maneira não convencional, pois que nas confissões doutrinarias de muitas “igrejas”, a bíblia seja a única regra de fé, na pratica não é assim. Por décadas, tenho visto que a  experiência mística sobressai além da autoridade das Escrituras. Certa vez, lidei com o problema de certo pastor que consagrou um jovem que não sustentava as condições bíblicas exigidas para a pratica do diaconato.  Tentei corrigi-lo, pois que a bíblia diz muito sobre os que desejam o diaconato, porém ele retrucou, pois argumentou que “deus” teria ordenado a ele, que o tal jovem fosse consagrado. Porém no estatuto da igreja constava que a bíblia era a única regra de fé.
Sexta lição: A vida cristã está fundamentada na fé e não nos sentimentos. O sentimentalismo é uma regra básica no misticismo religioso sincrético. Dias atrás fiquei alarmado com a declarção de certo pastor em um culto fúnebre, tentando provar que a salvação é um fato porque sentimos ela. Seu argumento era que ele sentia a salvação, portanto era uma verdade indiscutível. Da mesma forma, outro disse que Deus existe porque ele sente Deus. Há um sentimento maravilhoso de êxtase que é promovido hoje em dia, influenciado por escritos de místicos católicos da idade media, muito deles com forte influencia do gnosticismo. Embora haja sim sentimentos bons provenientes de uma sã espiritualidade, todavia, o sentimento não é em hipótese alguma a autoridade que define se algo é verdadeiro ou não! Max Younce, Pastor Batista certa vez escreveu: “Um espírito demoníaco que induz a atividade religiosa favorita está fazendo as pessoas se sentirem espirituais, e isso decorre de uma incompreensão da Palavra de Deus.” Ora o justo viverá por fé e não por sentimentos (Romanos 1:17) e sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 8:6). Mas a nossa era secular é caracterizada pela religião dos sentimentos, esse é o produto religioso mais procurado e mais promovido em nossos dias, é uma marca da apostasia e também uma produtora em série de terríveis heresias. Porque é evidente que todas as vezes que alguém exalta o sentimento e o busca como prova de suas convicções, acaba colocando a doutrina da suficiência das Escrituras em segundo plano, aceitando somente as doutrinas bíblicas, quando elas estiverem de acordo com as suas conveniências sentimentais. De outra forma, é mais prazeroso sentir o êxtase agradável do que confrontar sua incredulidade com a Palavra de Deus. Sendo a Palavra viva e eficaz (Hebreus 4:12) ela acaba denunciando as vaidades mais egoístas de nosso coração.



Clavio J. Jacinto

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