A que a fé é: É um
assentimento intelectual ativo seguido de um entendimento claro e de uma
confiança absoluta sobre tudo que envolvem esses fatos. A fé verdadeira leva o cristão a submeter-se completamente a
vontade de Deus e confiar completamente em toda a providencia e bondade divina.
A fé uma certeza que estabelece a esperança e uma prova das coisas atemporais e
invisíveis. (Hebreus 11:1) A fé é objetiva e não está centrada nos interesses
pessoais, a fé verdadeira envolve ações objetivas que evidenciam nossa
confiança completa em Deus e isso será sempre demonstrável por nossas ações e atitudes
(Tiago 2:26)A fé em Deus tem como porta de entrada a criação (Romanos 1:18 a
20) mas deve nos levar até a providencia divina para a salvação de todo o
homem: Jesus Cristo, pois Cristo é a revelação final (Hebreus 1:1) e o princípio
da restauração de todas as coisas. A fé nos dá capacidade de ver outra
realidade (II Coríntios 4:18 e 5:7) e esse é o caminho espiritual do homem
abençoado (João 20:27 a 29)
O que a fé
não é: Não é um
conjunto de crenças, os demônios creem, mas isso não faz deles seres melhores. (Tiago
2:19) Mas a fé conduz o cristão para um caminho mais excelente: adorar, amar e
servir a Deus. A fé não é pensamento positivo,não é uma força mental capaz de
mover as mãos de Deus ou manipular as forças da natureza ou ainda de convencer Deus
a inclinar-se a nossas ordens e determinações.
A fé não é um poder mental, não é otimismo. Hoje em dia, muitas pessoas pensam
que tem fé, mas na verdade não possuem uma fé bíblica. A fé não é confissão
positiva, essa crença é comum nos meios evangélicos, trata-se de uma crença metafísica que ensina que nós
podemos criar a nossa realidade, que podemos dar ordens as circunstancias e
elas podem ser criadas a partir de nossos decretos, dá uma ênfase ao suposto
poder mágico das palavras.
O que a graça de Deus é: A graça é o favor imerecido que Deus concede
ao pobre homem pecador que não merece nada de Deus por causa se seu estado caído
de constante rebeldia. A graça de Deus se manifestou trazendo salvação a toso
os homens (Tito 2:11) e pela graça nós somos salvos, e osso é um dom de Deus
(Efésios 2:8 e 9) entende-se que a graça abre o caminho para a fé, quando o
Senhor deu seu único Filho para morrer por nós, isso significa que concedeu a
fé para a salvação. Assim a justificação (o ato de tornar-se justo perante
Deus) é gratuito para nós, mas custou o sacrifício de Cristo na Cruz, portanto
a graça teve um custo infinito para Deus para tornar-se realidade para os pecadores
(Romanos 3:24). A bíblia ensina que é
pela graça e não pelas obras, devemos entender que não é pelas nossas obras,
mas pela obra perfeita e consumada de Cristo na cruz, assim a obra perfeita de
Deus em Cristo concede a graça, para que não custasse a nós qualquer mérito.(Romanos 11:6 com Efésios 2:8 e 9) Assim vamos para o
passo seguinte, que a graça nos capacita a viver na pratica de boas obras, não
para a salvação, mas por gratidão e como uma consequência lógica da
transformação espiritual que Cristo nos concede pela regeneração através da
graça quando somos perdoados através da obra da cruz. (II Corintios 9:8 com Efésios 2:8 a 10)
O que a graçade Deus não é: A graça não é antinomianismo. E jamais pode
ser. O antinomianismo é a crença de que
estamos livres de qualquer tipo de ordenanças, mandamentos e princípios.
A graça não isenta os salvos de responsabilidades, nos capacita a sermos
responsáveis, isso porque é impossível ser fiel ao Senhor sem ser obediente a
sua vontade, isso é muito claro e lógico e todo o Novo Testamento atesta isso
(Tito 2:11 a 14) A graça não nos dá a liberdade de sermos carnais pelo
contrario. Nos dá a libertação da carnalidade. Há certos falsos doutores que acham que a graça nos dá
a liberdade de viver sem regras mas isso é um engano, na igreja primitiva
surgiu certos homens impios que converterem a graça de Deus em dissolução, esses
achavam que podiam viver no mundo fictício do “pode tudo” vivendo
desordenadamente, mas a graça não é um caminho para a dissolução pois isso
significa ser escravo do pecado, masa graça é uma libertação do poder do pecado,
pois Cristo associou a verdade do evangelho com a perfeita libertação do poder
e da condenação do pecado. (João 8:32)
O que a cruz é: A morte no madeiro da cruz era uma desonra,
uma vergonha e biblicamente era uma maldição, era objeto de insultos indignos,
era um insulto contra dignidade humana,
era um ato vergonhoso morrer na cruz (Hebreus 12:2) era cercado por zombarias e
insultos (Mateus 27:39-40) a cruz era um instrumento de tortura horrível, era
uma maldição, como descreve Paulo em Galatas 3:13. Foi uma imolação (I Corintios
5:7)Foi vicaria e única , ou seja em favor dos outros e feita uma única vez
somente (I Pedro 3:18) foi expiatória o que significa que trouxe satisfação á
justiça divina ((Isaias 53:4 a 6) e foi substitutiva (I Pedro 2:24) cruento
(Hebreus 9:22). A entrega voluntaria de Cristo é um ato de amor, a punição que
Ele teve que sofrer em nosso lugar não.
O que a cruz não é: ela não simboliza o de amor de Deus, a cruz
não foi um caso de amor, foi uma vergonha, uma maldição. O amor está no ato de
Deus ter dado seu Filho (João 3:16) não na morte e no sofrimento vergonhoso da
cruz. A cruz não é um caso de amor, mas de vergonha, punição, expiação,
maldição e justiça. A encarnação humilde do Verbo sim, a morte vergonhosa do
verbo não. Precisamos entender isso,
porque muitos romantizam o drama da cruz, ao invés de perceber a gravidade e a
severidade da expiação, olham, para ela como se fosse um romance amoroso entre
Deus e homens. A obra redentora de Cristo não é repetitiva, mas remete-nos para o fato de que o sacrifício redentor
é único e não pode ser repetido, como querem alguns (Hebreus 10:12) A cruz não
é um lugar de martírio, portanto Cristo não foi um mártir, ele foi o Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo. (João 1:29)
O que o amor de Deus é: A base do amor de Deus é a sua justiça
santa, portanto Ele pune e castiga suas criaturas, o amor de Deus se revela
através de sua graça e sua misericórdia, e ganha plenitude completa na
redenção, quando envia seu Filho para morrer por nós pobres pecadores. O amor
de Deus também se revela na providencia e no cuidado com a criação e com as
criaturas (Mateus 5:45) Deus é amor, disse João, e como o amor é rainha das
virtudes do evangelho, Deus revela seu amor para conosco quando nos concede dádivas
e proteção, supre nossas necessidades e deseja nos resgatar da maldição do
pecado, Deus portanto é a essência do amor.
O que o amor de Deus não é: Quando a bíblia afirma que Deus é amor (I
João 4:8)isso não significa que Ele tolera o pecado, não significa que Ele não
se ira e que não tem repulsa contra blasfêmias e abominações. Somos chamados a
considerar a bondade e a severidade de Deus (Romanos 11:22) Vimos nas
Escrituras que Cristo odeia falsas
doutrinas (Apocalipse 2:6 e 15) Deus odeia o formalismo religioso (Amós 5:21) A
bíblia fala sobre a ira do Cordeiro (Apocalipse 6:16) a ira de Deus faz parte
de seu juízo santo (I Tessalonicenses 2:16) haverá um tempo em que a ira de
Deus será consumada sobre esse mundo (Apocalipse 16:1 e 19:15) portanto o fato
da bíblia declarar que Deus é amor, não significa que Ele é universalista e
tolerante para com o pecado e com desobedientes e para com aqueles que rejeitam
a Salvação pela graça em Jesus Cristo. Sendo sendo amor, os que rejeitam a
salvação ouviram o brado de Cristo: “apartai-vos de mim malditos, para o fogo
eterno...”(Mateus 25:41)
Clavio
J. Jacinto
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