quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O VALOR DAS COISAS ETERNAS.




Manter  firme a nossa  esperança (Hebreus 3:6) em nossa época é um grande desafio devido aos problemas que envolvem sustentar uma vida de verdadeira piedade.  O mundo atual tenta a todo o custo desviar a oração do cristão das coisas fundamentais, o resultado é uma vida superficial, justamente porque a prioridades não são as coisas relacionadas ao reino de Deus a sua justiça, mas as coisas que promovem o prazer, como o entretenimento vago, sem valor eterno. A tentação ao materialismo sempre foi um problema mal resolvido no coração dos homens. É preciso um nível de santidade muito elevado, para desprender-se completamente das vaidades desse mundo, mas isso requer uma vida de desapego constante e ao mesmo tempo um relacionamento intimo quase ininterrupto com o Senhor.  Lembre-se de Geazi, a sua busca pelos presentes que o profeta tinha rejeitado. Ele vai nessa busca por sentir uma necessidade de satisfação no coração. Seu intimo tinha um lugar para a avareza, e isso o fez correr atrás daquilo que um homem de Deus já tinha rejeitado. Você entendeu a lição? Quase sempre aqui que os homens de Deus reprovam ou rejeitam, isso deve também ser o motivo porque devemos rejeitar. Olhamos para os heróis da fé de Hebreus 11, eram homens que de alguma forma sofreram perdas terrenas para que pudessem ser dignos de ganhos mais elevados. Então temos muito que aprender com os homens de Deus. Veja  Abraão, a sua chamada para fora de sua parentela é um exemplo de como seguir ao Senhor é uma perda colossal de coisas mundanas para ir ao encontro das promessas divinas. Temos Moisés que  recusa os prazeres do Egito, renuncia sua posição de família nobre dentro da hierarquia faraônica(Hebreus 11:24) Assim também temos o próprio Paulo  “E na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pela qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como escoria, para que possa ganhar a Cristo”(Filipenses 3:8) Homens santos perdem coisas fúteis para ganhar as mais nobres, perdem vantagens terrenas, para ganhar o consolo de Cristo, perdem a fama terrena para desfrutar do lugar secreto, perdem a glória dos homens para ter todo o trajeto iluminado pela glória de Deus, perde as coisas que passam para ganhar aquelas que perduram para sempre. Esse é um princípio espiritual que vem funcionando muito bem desde o começo do mundo. Olhe para Abel, aquela alma piedosa que no começo de todas as coisas, em tempos mais primitivos, vai dar do melhor do seu rebanho para que seu sacrifício seja aceitável diante de Deus. Há uma perda nisso, há um “prejuízo” embora seja material, é evidente que há sempre uma recompensa celestial por trás de uma perda terrena, era isso que Paulo dizia e acreditava, quando sentia que a sua morte era iminente “Tenho desejo de partir e estar com cristo, porque isto é ainda melhor” (Filipenses 1:23) veja que por trás de uma perda dramática há um ganho maravilhoso, por trás de uma morte terrena, há uma vida abundante e celestial, por trás de uma semente lançada na terra do martírio há um lugar no terceiro céu que honra a fidelidade dos fieis.  Não fico admirado de ouvir de Paulo declarações como essa; “Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Filipenses 1:21).  Todos os que entram pelas ruas douradas da piedade autentica, encontrarão nela as pegadas dos grandes homens, os heróis da fé que renunciaram os prazeres do mundo, os manjares mundanos, rejeitaram as coisas fúteis e superficiais, para seguirem o cordeiro por onde quer que Ele vá. Há sempre ganhos enormes por cada perda voluntaria que aceitamos, tendo em vista viver para honra e para a glória de Deus, e precisamos ficar sempre atentos, pois esse é o caminho da verdadeira consagração

Clavio J. Jacinto

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