Manter firme a nossa esperança (Hebreus 3:6) em nossa época é um
grande desafio devido aos problemas que envolvem sustentar uma vida de
verdadeira piedade. O mundo atual tenta
a todo o custo desviar a oração do cristão das coisas fundamentais, o resultado
é uma vida superficial, justamente porque a prioridades não são as coisas
relacionadas ao reino de Deus a sua justiça, mas as coisas que promovem o
prazer, como o entretenimento vago, sem valor eterno. A tentação ao materialismo
sempre foi um problema mal resolvido no coração dos homens. É preciso um nível de
santidade muito elevado, para desprender-se completamente das vaidades desse
mundo, mas isso requer uma vida de desapego constante e ao mesmo tempo um
relacionamento intimo quase ininterrupto com o Senhor. Lembre-se de Geazi, a sua busca pelos
presentes que o profeta tinha rejeitado. Ele vai nessa busca por sentir uma
necessidade de satisfação no coração. Seu intimo tinha um lugar para a avareza,
e isso o fez correr atrás daquilo que um homem de Deus já tinha rejeitado. Você
entendeu a lição? Quase sempre aqui que os homens de Deus reprovam ou rejeitam,
isso deve também ser o motivo porque devemos rejeitar. Olhamos para os heróis da
fé de Hebreus 11, eram homens que de alguma forma sofreram perdas terrenas para
que pudessem ser dignos de ganhos mais elevados. Então temos muito que aprender
com os homens de Deus. Veja Abraão, a
sua chamada para fora de sua parentela é um exemplo de como seguir ao Senhor é
uma perda colossal de coisas mundanas para ir ao encontro das promessas
divinas. Temos Moisés que recusa os
prazeres do Egito, renuncia sua posição de família nobre dentro da hierarquia faraônica(Hebreus
11:24) Assim também temos o próprio Paulo
“E na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pela qual sofri a perda de todas as
coisas, e as considero como escoria, para que possa ganhar a Cristo”(Filipenses
3:8) Homens santos perdem coisas fúteis para ganhar as mais nobres, perdem
vantagens terrenas, para ganhar o consolo de Cristo, perdem a fama terrena para
desfrutar do lugar secreto, perdem a glória dos homens para ter todo o trajeto
iluminado pela glória de Deus, perde as coisas que passam para ganhar aquelas
que perduram para sempre. Esse é um princípio espiritual que vem funcionando
muito bem desde o começo do mundo. Olhe para Abel, aquela alma piedosa que no
começo de todas as coisas, em tempos mais primitivos, vai dar do melhor do seu
rebanho para que seu sacrifício seja aceitável diante de Deus. Há uma perda
nisso, há um “prejuízo” embora seja material, é evidente que há sempre uma
recompensa celestial por trás de uma perda terrena, era isso que Paulo dizia e
acreditava, quando sentia que a sua morte era iminente “Tenho desejo de partir
e estar com cristo, porque isto é ainda melhor” (Filipenses 1:23) veja que por
trás de uma perda dramática há um ganho maravilhoso, por trás de uma morte
terrena, há uma vida abundante e celestial, por trás de uma semente lançada na
terra do martírio há um lugar no terceiro céu que honra a fidelidade dos
fieis. Não fico admirado de ouvir de
Paulo declarações como essa; “Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Filipenses
1:21). Todos os que entram pelas ruas
douradas da piedade autentica, encontrarão nela as pegadas dos grandes homens,
os heróis da fé que renunciaram os prazeres do mundo, os manjares mundanos,
rejeitaram as coisas fúteis e superficiais, para seguirem o cordeiro por onde
quer que Ele vá. Há sempre ganhos enormes por cada perda voluntaria que
aceitamos, tendo em vista viver para honra e para a glória de Deus, e
precisamos ficar sempre atentos, pois esse é o caminho da verdadeira
consagração
Clavio J. Jacinto
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