Somos exortados a não amar o
mundo nem amar as coisas que há no mundo. É visto que o cristão exerce influencia sobre
ele, mas não deve receber influencia dele. Somos a luz e o sal deste mundo,
isso significa que estaremos interagindo com ele até a nossa partida ou até a
vinda de Cristo. Mas há uma questão sentimental que precisa ser avaliada,
enquanto estamos aqui. O amor ao mundo é o desejo de satisfação egoísta, a
satisfação de usufruir dos valores opostos á justiça do reino de Deus. Lemos nos evangelhos que o Senhor veio a este
mundo, andou entre os homens, estava dentro do sistema, mas não era dele, havia
uma separação espiritual, assim como a luz desce até os confins do pântano,
alumia todo a lama, porém a luz não pode ser poluída pela lama, assim também Cristo
andou entre pecadores e viveu em um mundo pecador, mas não foi contaminado por
ele. É lógico que pela própria vida de Cristo, entendemos que fugir do mundo e
isolar-se completamente dele não a forma correta de evitar amá-lo. A vida do Salvador é objetiva nesse sentido,
quando nossos afetos não estão nas coisas passageiras, quando nosso coração
está voltado para as coisas que perduram para sempre, quando a amor á Deus está
na posição de suprema primazia, então poderemos viver do mundo sem amar a ele. Outro princípio importante é que não podemos olhar
para o mundo como se ele tivesse todas as coisas necessárias para termos uma experiência de usufruir de uma verdadeira
felicidade. Não! A felicidade que perdura só pode vir de algo que tenha uma
natureza eterna, então só o Senhor pode nos dar essa felicidade, ela não é
feita de coisas terrenas, superficiais e passageiras, mas coisas com valores
mais elevados. Ainda há outro fator importante que desejo muito considerar, não
temos aqui uma pátria permanente, nossa pátria está nos céus, então devemos
viver a nossa vida inteiramente para a glória de Deus e não para a satisfação
pessoal, quando vivemos para a glória de Deus, Ele nos abençoa, quando vivemos
para tomar o propósito de nossas conveniências pessoais e egoistas, sofreremos
cedo ou tarde a decepção do desgaste de uma vida vã e sem verdadeiro
sentido. Que o Senhor abra a nossa
mente, para que possamos discernir o que á agradável ao Senhor e o que deve ser
evitado, carregar dentro do coração aquele desejo sincero de viver no mundo sem
ser do mundo, a andar como um peregrino, com o coração voltado para a pátria celestial
e para as promessas de despontam desde os dias da eternidade. Por fim, em um de
seus livros, A. W. Tozer abordou sobre esse tema, e nas suas palavras encontrei
uma direção segura para entender um pouco mais sobre esse tema, e aplicá-lo na
minha vida: “É possível abandonar o mundo no corpo, sem nunca o abandonar no espírito.
É possível abandonar o mundo exteriormente e ainda ser mundano por dentro. Mas ninguém
pode ser cristão no sentido correto da palavra sem ter abandonado o mundo. É possível
abandonar o mundo no corpo, mas não no espírito. Nunca é possível, porem,
abandonar o mundo em espírito se ele não é abandonado na pratica (A. W. Tozer .
A Vida Crucificada Paginas 102 e 103)
Clavio J.Jacinto
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